Ao final, somos leitores atentos: adeus 2007, bem-vindo 2008
Gene Kelly, Summer Stock Dance
Transmitir informações e opiniões que julgo relevantes para compor uma visão sobre o mundo e agir em conseqüência. Minhas leituras não são minhas opiniões, mas me ajudam a formá-las. Luis Favre
Gene Kelly, Summer Stock Dance
Postado por Luis Favre às 10:01 0 comentários
Marcadores: arte, Cinema, Cultura, Dança, filmes, Gene Kelly, Summer Stock Dance
Postado por Luis Favre às 17:10 0 comentários
Marcadores: Antilógicas, Apollinaire, arte, Chagall, Cultura, pintura
"Neste ano senti, como nunca, a combinação de prosperidade com democracia; senti uma sensação de vitória coletiva
Postado por Luis Favre às 13:36 1 comentários
Marcadores: 2007, Favre, Gilberto Dimenstein, Lula, PT
"O objetivo deste concurso foi discutir, de forma bem-humorada, a segragação social, o consumo e o neoclassicismo nas grandes metrópoles. O objeto do concurso era uma ligação entre o condomínio Parque Cidade Jardim e a loja Daslu, em margens opostas do Rio Pinheiros, em São Paulo. Trinta e três projetos foram enviados, com propostas para interligações terrestres, aéreas e aquáticas entre os dois locais. Entre 15 e 30 de setembro/2006 as propostas enviadas foram expostas em um blog ( http://www.flickr.com/photos/propostasponte/ )." (site)
"#26:Gucissimo
Marcio Kogan, Bruno Gomes, Diana Radomysler, Lair Reis, Oswaldo Pessano, Regiane Leão, Renata Furlanetto, Samanta Cafardo, Suzana Glogowski - São Paulo
Postado por Luis Favre às 11:18 0 comentários
Marcadores: arquitetura, Blog Capturas do Acaso, Daslú, Parque Cidade Jardim, São Paulo, urbanismo
No boom imobiliário há espaço para projetos que integrem a cidade, em lugar de isolar moradores
Hugo Segawa*
O Estado de São Paulo - Caderno ALIÁS Não é preciso ser um leitor muito atento para perceber quão difícil ficou ler as matérias em nossos maiores jornais. Não me refiro a qualquer renovação gráfica na grande imprensa, mas à profusão de anúncios que há alguns meses toma páginas inteiras oferecendo produtos imobiliários em quase todos os quadrantes da cidade e fora dela. A “febre dos imóveis” se diagnostica em estatísticas eufóricas para o setor. Dados da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) dão conta que a concessão de crédito imobiliário cresceu 141,34% de 2005 a 2006, o financiamento imobiliário em 2007 deverá dobrar em relação ao ano anterior e poderá continuar crescendo na ordem de 25% ao ano até 2010. Para o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, o PIB da construção civil deve fechar 2007 com crescimento da ordem de 9,3%, e para 2008 a expectativa é da ordem de até 14%. O setor deverá contribuir com 4,5% a 5,5% do total do PIB brasileiro. A capitalização do setor é bilionária: em 2007, o setor foi responsável por 22,6% dos novos lançamentos de ações na bolsa (IPO, na sigla em inglês).
Para aqueles ligados em estatísticas, os números são significativos e as notícias neste final de 2007 sugerem um panorama alentador. O Brasil é a décima maior economia do planeta, segundo o Banco Mundial. Recente é o anúncio de que o Brasil ingressou na lista dos países de alto desenvolvimento humano, conforme o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas, apesar de ser o lanterninha do grupo. Classificação que disfarça contradições e evidencia a desconfiança sobre números. Outros indicadores socioeconômicos revelam que somos campeões em várias desgraças. Não é preciso muito tirocínio para perceber o descompasso entre a riqueza econômica, o desempenho social e a qualidade de vida do País. Oxalá essa afluência em 2007 deflagre a reversão desse quadro negativo. As vistosas páginas de lançamento nos grandes diários devem ser apenas a ponta do iceberg de megaoperações imobiliárias. Pode-se perguntar: o que o crescimento a “taxas chinesas” da construção civil representa para nossas cidades, em especial para São Paulo? Em que medida esses recursos podem contribuir para a melhora da qualidade de vida desta metrópole?
As propagandas de condomínios fechados, “prédios-clubes” ou “clubes residenciais”, exaltam as virtudes introvertidas de itens de lazer e segurança, “áreas verdes” ou boas “vistas” (até o novo condomínio vizinho estragá-las), e raramente mencionam as qualidades dos bairros em que se situam. Quase nenhum se prende a questões básicas, como transporte e outras facilidades urbanas. Revelam o completo descompromisso com o espaço público e/ou o seu melhoramento. O modo como se pulverizam os empreendimentos imobiliários pela área metropolitana e cidades vizinhas ratifica a concordata do espaço público.
O temor pelo público (entenda-se: que pertence à coletividade) manifestou-se em 2007 na intempestiva tentativa de um grupo de vereadores de cercear a autonomia do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Compresp). Uma restrição construtiva, de natureza quase pontual, no bairro do Ipiranga, perturbou os interesses de investidores, transtornados com a “interferência” do Compresp. O episódio é representativo, alegoricamente, das posições em defesa e em desrespeito à qualidade de vida urbana. Cidades com atividade imobiliária muito mais intensa, como Roterdã, na Holanda, possuem conselhos com quase mais poderes de decisão que o nosso Compresp - sobretudo, graças ao interesse e apoio da sociedade nas causas em defesa da cidade.
Espaços públicos são os lugares menos privilegiados em recentes intervenções urbanas. Em São Paulo, a nova Faria Lima reproduz os erros da avenida Luis Carlos Berrini. O novo eixo privilegia a circulação, com mal-ajambradas quadras lindeiras ao longo da via, e com o agravante de ostentar prédios que devem ser um sucesso imobiliário, mas, de modo geral, de arquitetura medíocre.
O maior empreendimento imobiliário em curso na cidade, o Parque Cidade Jardim (visível da Marginal de Pinheiros), pode ser comparado ao empreendimento Tokyo Midtown, um complexo de uso misto inaugurado em março de 2007 numa área de dez hectares no coração da capital japonesa. Situado em Roppongi, totalmente integrado ao meio e à infra-estrutura urbana, a realização em Tokyo abriga mais usos e franqueia à cidade um enorme jardim japonês, que o toquiota está descobrindo e paulatinamente se apropriando. A arquitetura, de linha contemporânea, resultou da associação entre a Nikken Sekkei (a maior construtora nipônica) e o escritório norte-americano SOM. Também conta com projetos de Kengo Kuma e Tadao Ando, responsáveis pelas áreas de museus do complexo. É parte dos compromissos do empreendimento um item sobre responsabilidade social, na qual a consciência ambiental, a economia de energia e recursos e as relações com a região são parâmetros na inserção do Tokyo Midtown na cidade. Além de uma atração para o consumo e diversões, trata-se de uma obra que faz parte do roteiro de arquitetura da cidade - como toda cidade aprazível oferece. Não será o caso do Parque Cidade Jardim. Não parece haver dúvida sobre seu potencial financeiro e imobiliário (assim apostam os agentes financeiros), mas sua arquitetura é bastante duvidosa. A publicidade do empreendimento não identifica o arquiteto, como seria natural e valorizador em bons empreendimentos europeus ou japoneses. Sua arquitetura retrô está na contramão de qualquer inventário ou roteiro de boa arquitetura neste início de milênio. O que alguns apregoam como uma jóia, não passa de um falso brilhante. E só reforça o caráter provinciano do gosto de certa elite. Aqui pode-se estabelecer uma outra correlação.
A construção civil brasileira se abriu para o investimento internacional. Fato inédito em tempo recente é que cerca de 70% dos recursos na área têm origem no capital estrangeiro, ingressando quer via bolsa, quer via associações com projetos locais. São Paulo é a nossa representante no rol das “cidades globais” pelos fluxos e sinergias do maior aglomerado sul-americano na rede mundial de metrópoles. Por ora, São Paulo não é uma cidade que se credencia a transformações na lógica da “cidade-espetáculo” ou “cidade-marketing”, modelada pela organização de eventos globais: exposições mundiais, jogos olímpicos ou, no caso específico da região do Euro, tornar-se a “capital cultural” no rodízio anual de cidades de interesse cultural. A pré-candidatura paulistana em 2003 aos jogos olímpicos de 2012 foi um tímido aceno em busca de um vetor para detonar transformações ambientais e de infra-estrutura urbana com mobilização de capital nacional e internacional. Nada se especula, ainda, sobre as diretrizes para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 em São Paulo, mas há de se ter cautela quanto à estratégia que se apresentará, a partir da experiência do Pan 2007 no Rio de Janeiro. Sobretudo quanto à arquitetura, cuja contribuição à paisagem carioca foi medíocre, para não dizer conflitiva com o próprio patrimônio ambiental do Rio de Janeiro, na polêmica tentativa de intervenção da Enseada da Glória e da Prainha, na área do Parque do Flamengo. Na lógica das cidades globais, a arquitetura tem um papel fundamental na afirmação e inserção nos circuitos internacionais. O Guggenheim de Bilbao é o principal case-study de planejamento estratégico de uma iniciativa em que um edifício foi capaz de provocar a revitalização de uma cidade sem que ela abrigasse particularmente qualquer evento global, senão o próprio edifício do arquiteto Frank Gehry. Mas boa (ou polêmica) arquitetura não é necessariamente ou apenas instrumento de mercantilização da cidade. Boa arquitetura é direito dos cidadãos.
Nesse sentido, pairam dúvidas sobre o que se sucede na área que se tornou conhecida como Cracolândia, que a administração municipal batiza de “Nova Luz”.
Desde 2005, a prefeitura vem alardeando a remodelação de uma área cuja menção nos jornais se distribui entre o noticiário policial, local e político. De concreto, incentivos fiscais e outros benefícios administrativos tentam seduzir empresas - de tecnologia, call centers, cultura e publicidade, conforme anúncio do governo - sem, todavia, qualquer manifestação oficial das “interessadas”. E temos por ora a demolição de alguns imóveis que insinuam uma paisagem pós-bombardeio, numa guerra em que as partes não sabem bem quem são os adversários ou aliados. O informe mais recente é que o Estado pretende desapropriar o edifício da antiga estação rodoviária na Praça Julio Prestes para ali instalar um centro cultural. Todas essas notícias soam como factóides frente ao futuro da região. Outras notícias dão conta de que grandes construtoras estão interessadas em investir na área, incluindo uma que teria a consultoria do arquiteto, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná Jaime Lerner. O segredo imobiliário não permite ainda ao paulistano conhecer uma intervenção numa área de 269 mil metros quadrados, declarada de utilidade pública pela administração municipal. No coração da metrópole paulistana, são muito mais que duas vezes a área de Tokyo Midtown, e três vezes a do Parque Cidade Jardim. Sem uma proposta com desenho urbano, não há como avaliar o impacto e as responsabilidades inerentes a um possível megaempreendimento arquitetônico no centro de São Paulo. Retomo a pergunta inicial: em que medida a abundância de recursos pode contribuir pela melhora da qualidade de vida desta metrópole?
Lembro as palavras de Roger Bastide, um dos professores pioneiros da USP: “Se a beleza do Rio de Janeiro é uma beleza natural, a de São Paulo é beleza de cimento... A mão do arquiteto, aqui, substitui a mão de Deus”.
*Hugo Segawa é arquiteto, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo
Postado por Luis Favre às 10:44 0 comentários
Marcadores: arquitetura, Cracolândia, Hugo Segawa, Parque Cidade Jardim, Prefeitura SP, São Paulo, urbanismo
O concerto
O documento
O filme
Postado por Luis Favre às 01:17 0 comentários
Marcadores: arte, Cinema, Cultura, Ennio Moricone, filmes, História, musica, Sacco e Vanzetti
O divórcio de Sarkozy com a opinião pública francesa, verificada nas últimas pesquisas, afetará os resultados das eleições municipais em março de 2008?
Uma questão em aberto.
Ils ne sont que 25% - un taux en chute de 11 points par rapport à août 2007 - à lui faire confiance pour augmenter le pouvoir d'achat et 27% (-16 points) pour les baisses d'impôt. 31% lui accordent leur confiance pour lutter contre l'exclusion et la pauvreté, et 40% pour intégrer les personnes issues de l'immigration. 42 % font crédit au gouvernement pour lutter contre le chômage.
En revanche, une large majorité de Français lui font confiance pour lutter contre l'insécurité (62%, en baisse de 14 points) et protéger l'environenemnt (59%, -4). L'optimiste général des Français a pourtant augmenté depuis août dernier : ils sont 53% à se dire optimistes, 47% pessimistes, alors qu'en août, ils se partageaient à stricte égalité 50-50 entre ces deux camps."Après un semestre d'action, le gouvernement subit une baisse de confiance massive", écrit l'institut de sondage. Cette baisse, précise l'IFOP, doit être nuancée par le haut niveau de confiance constaté au début de la législature qu'il qualifie d'"état de grâce". Enfin, la confiance accordée au gouvernement "demeure équivalente ou sensiblement supérieure à celle enregistrée par le gouvernement précédent en août 2006", ajoute l'institut.
Par Guillemette Faure (Rue89)
La socialiste française et la démocrate américaine ont des parcours étonnamment proches, mais des méthodes différentes.
Une femme en tête des primaires de son parti, une candidate qui provoque des réactions épidermiques, admirée ou haïe… "Ca nous rappelle quelqu’un", nous ont déjà écrit certains d’entre vous à propos des chances d’Hillary Clinton de se faire élire à la maison Blanche.
"Ségolène" et "Hillary", deux femmes devenues des prénoms en politique ont certainement des points communs. Toutes deux sont très polarisantes, Madame Clinton au delà de tout ce que l'on peut imaginer. Selon des chiffres de l'institut de sondage Zogby, 50% des Américains affirment qu’ils ne voteraient "jamais" pour Hillary Clinton. Un autre sondage USA Today lui donne 51% d’opinions favorable et 48% de défavorables: autrement dit, tout le monde ou presque a un avis sur elle.
Hillary Clinton comme Ségolène Royal ont provoqué des interrogations sur le fonctionnement de leur couple (encore que, notait Salon en novembre 2006 "contrairement à la version américaine, dans ce couple, c’est la femme qui a le charisme"). Toutes deux ont été traitées d’ambitieuses (comme si les hommes candidats se présentaient aux élections par abnégation).
Une "bonne" éducation... qu'elles ont toutes deux rejetée
Toutes deux, avant de basculer à gauche, ont été élevées dans le terreau conservateur et religieux de familles bourgeoises. Fille d'un chef d'entreprise de l'Illinois, Hillary avait participé, comme bénévole, à la campagne du républicain Barry Goldwater aux élections présidentielles de 1964, avant de passer à gauche dans le contexte du Vietnam. Fille d'un lieutenant-colonel d'artillerie de marine, catholique, Ségolène Royal a assigné son père en justice pour l'obliger à financer les études de ses enfants. De cette jeunesse, l'une et l'autre ont gardé une certaine raideur, signe de leur "bonne" éducation.
Les points communs flagrants s’arrêtent là. "Ce qui me frappe c’est que la campagne d’Hillary, c’est une primaire gérée alors que Ségolène se gérait", note Dick Howard, professeur de philosophie politique à Suny Brook University. En comparaison de la solitude de Ségolène Royal, l’"Hillariland", comme s’est auto-surnommé l’équipe de la candidate, est célèbre pour son extrême discipline et sa fidélité (beaucoup sont des conseillers de longue date, des années de la Maison Blanche de Bill, voire de l'Arkansas). Ne pas s’attendre à une gaffe ou un aveu.
L'une est vue comme incontrôlable, l'autre comme trop contrôlée
La sénatrice de New York en route vers la présidentielle prend peu de risque, pèse ses positions. "Ségolène n’était pas contrôlable alors qu’on reproche à Hillary d’être trop contrôlée." D’où une réputation froide et calculatrice. (Voyez comment le Daily Show se moque de ses difficultés à rire naturellement, les dernières secondes sont les meilleures.)
Autre différence de taille, "Ségolène a eu recours à la base du parti", souligne Dick Howard, quand Hillary est la candidate de l’establishment démocrate et de l’élite du parti. La mobilisation du web pour la candidate du PS évoque plutôt la campagne de Barack Obama. "Ségolène Royal doit beaucoup aux médias qui lui ont accordé de l'importance alors qu'elle n'était pas encore très accomplie", note William Keylor, professeur de relations internationales à Boston University.
Estimée plutôt qu’aimée, Hillary n'est pas portée par un mouvement grassroot. Un sondage réalisé en juillet par le New York Times indiquait que 70% des femmes considéraient qu’elle était un bon "modèle" pour les femmes; elle vient aussi de se classer en tête des femmes pour lesquels les Américains ont le plus d’admiration. Mais les sondages du Pew Center lui donnent aussi les plus mauvais scores des trois grands candidats démocrates quand on demande qui est le plus sympathique.
Contrairement à Ségolène Royal, Hillary Clinton prend peu de risques
En terme de programme, les deux femmes se sont montrées des adeptes de la triangulation, chassant les électeurs sur les terres de leur adversaire, la sénatrice de New York allant jusqu'à adopter les positions les plus faucons face à l'Irak puis l'Iran, comme le rappelle William Keylor:
"Toutes les deux ont essayé d'attirer le centre du parti et se sont aliénés une partie de la gauche les accusant de trahir les principes du parti."
Royal a eu sa croisade contre la violence à la télévision, Clinton s’est indignée de celle des jeux vidéos. Royal a dit souhaiter que tous les Français aient un drapeau tricolore chez eux, Clinton a soutenu un amendement interdisant de brûler le drapeau américain.
Mais pour la candidate américaine, ce positionnement centriste supposait un moindre grand écart avec le reste du pari. Car, note Dick Howard, "le PS n’a toujours pas fait sa réforme". Le recentrage du parti démocrate remonte, lui, aux travaux du Democratic Leadership Council à la fin des années 1980. "Ségolène aurait eu besoin d’un Bill Clinton", note le politologue.
A plusieurs reprises pendant sa campagne, l’entourage de Royal avait laissé entendre qu’une rencontre avec Clinton était imminente. Dans l’International Herald Tribune, l’éditorialiste John Vinocur y a vu un effort de Ségolène Royal pour profiter de la réputation de compétence et d’expérience d’Hillary Clinton, qui, contrairement à la Française, a rarement été accusée de manquer de substance et de mal connaître ses dossiers en politique internationale. La campagne d’Hillary Clinton a vite fait savoir qu’aucune rencontre de ce genre n’avait jamais été au programme.
Hillary Clinton ne se pose pas en victime des hommes politiques
Autre terrain de divergence: la façon dont les deux se vivent femmes en politique. Hillary Clinton a impressionné des employées du Congrès en entrant dans l’hémicycle en pantalon. Plutôt que de féminiser son discours, elle a choisi de muscler son profil sur les questions de défense en demandant à siéger au comité des forces armées. A la différence de Royal, l’ex-première dame mentionne rarement le fait d’être une femme en politique.
Certes, elle s'est plainte que ses coiffures aient été disséquées. Lors du débat du 30 octobre, lorsque ses adversaires Barack Obama et John Edwards ont sorti l'artillerie lourde, elle s'est défendue d'un "the boys are piling on" ("les garçons me chargent"). Bill a approuvé: "Les garçons ont été durs avec elle ces derniers temps, mais elle sait encaisser." L'argument a vite été mis de côté. Seulement 11% des Américains estimaient qu'Hillary faisait l'objet d'attaques injustes parce qu'elle était une femme.
Ceci dit, note Dick Howard. Les deux candidates essuient les mêmes conséquences lorsque leur conjoint fait un faux pas. "Quand François Hollande a évoqué une hausse d’impôt pendant la campagne de Ségolène Royal, les journalistes s’en sont saisis", note t-il. Tout comme Hillary s’est fait épingler sur le thème de sa malhonnêteté lorsque Bill Clinton a assuré (en toute mauvaise foi) qu'elle a toujours été opposé à la guerre en Irak. "Les erreurs des maris de candidates ont beaucoup plus de poids dans la campagne que ce que peuvent dire les épouses des candidats", conclut-il.
Postado por Luis Favre às 00:50 0 comentários
Marcadores: feminismo, femmes, France, gênero, Hillary Clinton, Mulheres, Ségolène Royal, USA
O Instituto Brasmarket divulgou na última semana pesquisa que mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado o melhor presidente do Brasil dos últimos 20 anos, desde a redemocratização.
O levantamento, feito na capital paulista, revela que o presidente petista tem o apoio da população mesmo em temas espinhosos, como a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a transposição do Rio São Francisco.
Lula apareceu com 51,5% da preferência, superando com folga a soma de seus quatro últimos antecessores - que foi de 31,5%. O tucano Fernando Henrique Cardoso registrou 17,6%, o agora senador José Sarney (PMDB-AP) foi lembrado por 5,7%, seguido do também senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), com 4,1%, mesmo percentual do vice que assumiu após o impeachment do alagoano, Itamar Franco. O percentual dos pesquisados que se negaram a apontar um preferido foi de 17%.
CPMF
O instituto perguntou aos entrevistados qual a real motivação que levou o Congresso a extinguir a CPMF. A maioria respondeu que o fim do "imposto do cheque" se deveu ao interesse da oposição em prejudicar o presidente Lula (30,8%) e em benefício de ricos e empresários (23,4%). Para 17,9% dos entrevistados o interesse no fim do tributo foi do povo em geral e para 11% o benefício é dos mais pobres. Outros 17% não quiseram opinar.
São Francisco
O Brasmarket quis saber dos paulistanos qual a opinião sobre o polêmico projeto de integração de bacias do Rio São Francisco. Questionados sobre quem tinha razão no imbróglio, mais uma vez Lula se saiu bem. Para 49,6% dos entrevistados o presidente está correto, enquanto que 19,5% preferem o posicionamento bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio, que chegou a fazer greve de fome para impedir, sem sucesso, o início das obras. Outros 13,6% acham que nenhum tem razão, enquanto 3,3% dividem os méritos. Não quiseram responder ao questionamento 13,9% dos entrevistados.
A preferência por Lula, na avaliação do professor de Ciências Políticas do Centro Universitário do Distrito Federal (Unidf), Leonardo Barreto, é devido ao seu estilo carismático de liderar. "Ele é tão forte que é difícil ver um sucessor. Conseguimos enxergar candidatos a presidente, mas ninguém com a dimensão dele", afirma. Barreto adianta que o mito Lula vai criar grandes dificuldades para quem tiver a missão de substituí-lo a partir de 2011.
Com relação a discussão da CPMF, o professor acredita que o resultado se deve também ao fato de a maior parte da população não pagar o tributo de maneira direta, somado à constatação de que foram os próprios PSDB e DEM que criaram a CPMF. "A população não enxergou sinceridade no discurso da oposição. Eles não pareciam ser realmente contra, até porque o PSDB negociou até a última hora e foi o partido, junto com o DEM, que criou a CPMF".
Para o professor, o levantamento mostra que a tentativa da oposição de levantar a bandeira em favor de menos impostos foi fracassada. Barreto observa também que a impressão da população é que a disputa foi apenas partidária. "A pesquisa mostra que tudo foi visto como uma simples briga partidária e o discurso do governo de que o dinheiro era para a saúde e para os programas sociais ecoou na sociedade".
Fonte liderança do PT na Câmara dos Deputados.
Postado por Luis Favre às 13:45 0 comentários
Marcadores: Brasmarket, CPMF, Lula, oposição, pesquisa, Rio São Francisco
Empresas iniciam 2008 com estoques baixos, segundo FGV
O Globo
SÃO PAULO. A indústria brasileira assistiu em dezembro a um ritmo de encomendas como não via há tempos. A Sondagem da Indústria de Transformação, divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que para 37% das empresas a demanda este mês esteve forte, e para apenas 8% foi fraca. Trata-se do maior percentual de demanda aquecida desde janeiro de 1987, auge do Plano Cruzado.
Para 7% das empresas, os estoques eram insuficientes, e excessivos para apenas 5%, o que resulta num índice de 102 pontos nesse quesito.
— Historicamente, esse indicador está abaixo de cem pontos e, ultimamente, vem se mantendo acima dessa marca, o que significa que as empresas estão com estoques enxutos e que a economia entra aquecida em janeiro — disse o coordenador técnico da sondagem industrial da FGV, Jorge Braga.
Nos setores de confecções e calçados, 22% e 15% dos empresários informaram estar sem estoques. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria caiu em dezembro: foi de 86,7% este mês, contra 87,2% em novembro.
(Ronaldo D’Ercole)
Postado por Luis Favre às 11:27 0 comentários
Marcadores: Brasil Economia, demanda, estoque, governo Lula, Indústria, Nuci, produção indústrial
Celso Ming, celso.ming@grupoestado.com.br
O presidente Lula talvez tenha exagerado quando disse que 2007 foi o melhor ano econômico da história econômica do Brasil. Mas não dá para negar, há o que comemorar.
Esta é apenas uma lista limitada de fatos que poderão ser tomados como linhas divisórias entre antes e depois.
(1) Consolidação da área externa - Os físicos deram a isso um nome esquisito: resiliência. É a capacidade que tem um corpo de voltar à forma anterior depois de receber um impacto que o deformou. Uma bola de borracha tem alta resiliência. De um bom lutador de boxe espera-se que não tenha “queixo de vidro”.
A boa novidade do ano é que a economia se mostrou resiliente à crise externa. Levou pancadas, mas recuperou-se rapidamente. Isso mostra que as bases estão mais fortes. De caloteiro de anteontem, o Brasil tornou-se credor externo líquido. Quando chegarem a US$ 195 bilhões, as reservas externas serão superiores à dívida externa do setor público somada à do privado. É um bom chão para construir o futuro.
(2) Volta ao crescimento econômico - Ninguém mais fala em vôo de galinha. O crescimento do PIB não é só o dobro (acima de 5%) do padrão do início da década, mas é percebido como consistente, pois vem sendo obtido com inflação dentro da meta, a despeito dos juros ainda altos e do câmbio adverso. E essa consistência puxa para o ponto seguinte.
(3) Avanço do investimento - 2007 foi também o ano em que o investidor externo redescobriu o Brasil. O Investimento Estrangeiro Direto (IED) líquido deve fechar o ano por volta dos US$ 38 bilhões, volume próximo do que será obtido no saldo do comércio exterior (cerca de US$ 40 bilhões). A Formação Bruta de Capital Fixo, expressão que os especialistas usam para falar do investimento na economia, cresce 12,4%, mais do que o dobro do PIB. E essa é uma boa indicação de que a oferta vai dar conta do aumento do consumo, o que dá consistência ao crescimento.
(4) O Campo de Tupi - A comprovação de que abaixo da camada de sal há enormes jazidas de petróleo e gás tem tudo para virar o jogo energético. As declarações de que vamos entrar na Opep são patriotadas, porque é preciso furar mais e medir mais. Mas a conversa agora é outra. É antes e depois do Campo de Tupi.
(5) O novo modelo de licitação - Os leilões das concessões rodoviárias e da Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, inauguraram outra relação entre o público e o privado. Os preços caíram, as tarifas tendem a cair e já não há mais medo de ser feliz com o sistema adotado. Nem mesmo o PT está vendo isso como privataria. Cai um tabu.
(6) A derrubada da CPMF - Ainda devem ser avaliados os efeitos da rejeição da CPMF pelo Senado. Mas alguns são notórios: a oposição ressurgiu dos mortos; o governo terá de conter as despesas públicas; a reforma tributária voltou à pauta; os políticos parecem ter entendido que não poderão expandir a carga tributária impunemente; e um imposto fácil de arrecadar, mas de má qualidade, foi revogado.
(7) Discurso esvaziado - O crescimento econômico parece consistente; a inflação está sob controle; os juros, ainda altos, não estão atrapalhando nem a atividade econômica nem o aumento do emprego; o câmbio baixo não destruiu nem o mercado externo nem a indústria nacional. Em outras palavras, o discurso da ala desenvolvimentista dos economistas nacionais está perdendo sentido. Mais dois anos nessa toada e ninguém mais dirá que a política econômica está errada e que é preciso mudar tudo.
Postado por Luis Favre às 11:11 0 comentários
Marcadores: Brasil Economia, brasil energia, carga tributária, Celso Ming, CPMF, Crescimento, governo Lula, IED, Investimento, PIB, Tupi
Quem acompanha a publicação das cartas dos leitores no jornal O Estado de São Paulo, por exemplo, percebe que uma rigorosa seleção "permite" mostrar uma "opinião pública" forjada pela vontade dos responsáveis da publicação.
Já tínhamos mostrado este comportamento "democrático" quando das aventuras de Floriano Pesaro, secretário de assistência e desenvolvimento social da administração Kassab, em New York. Na ocasião o Estadão publicou uma pagina de press-release do viajante Pesaro dizendo que estava colhendo inspiração na grande maça para implementar um programa revolucionário, o Bolsa-Aluguel.
Confrontado com as provas que Pesaro era o responsável do fechamento deste programa implantado na administração Marta Suplicy, o Estadão ignorou todas as reclamações e jogou no lixo as cartas sobre o tema. (veja sobre este assunto Mídia: o pluralismo em questão ; Jornal O Estado de São Paulo: após artigo fajuto, a censura ; O jornal O Estado de São Paulo continua a se fingir de morto).
Agora, o mesmo Pesaro ataca, no espaço generosamente oferecido pelo jornal, a suposta demagogia de Lula com os pobres. A resposta do deputado federal Carlos Zaratini, como parece ser a praxe no "democrático" jornal, não foi publicada.
Aqui publicamos as duas cartas.
Luis Favre
Demagogia com os pobres
25/12/2007
Mais uma vez o presidente Lula vem a São Paulo para um ato de explícita demagogia com os humildes. Sábado esteve pela quinta vez com os movimentos políticos de catadores e de população de rua ligados à Igreja Católica. Na Casa de Oração, prometeu, pela quinta vez, ceder prédios públicos, Bolsas-Família e diversos outros programas federais a esses movimentos. Nestes cinco anos não conseguiu assegurar nenhuma de suas promessas e, pior, vem a São Paulo sem conhecer o trabalho realizado pelo poder público municipal e por ONGs conveniadas. Infelizmente, o presidente prefere fazer teatro com os pobres, em vez de dialogar seriamente com os gestores públicos para entender melhor as necessidades e ofertas a esta população marginalizada. Uma pena.
FLORIANO PESARO, secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, membro do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social
Para o Fórum dos Leitores
O Estado de São Paulo
Quem o Sr. Floriano Pesaro pensa que é para criticar as políticas sociais do Presidente Lula? Um Secretário que não permite que as pessoas se inscrevam para receber o Bolsa Família pois, segundo suas regras,têm que aguardar a visita da Prefeitura para serem cadastradas e isso só acontece em alguns distritos da cidade - uma visita que será feita por uma ONG chamada Instituto Via Pública, que até setembro deste ano só havia cadastrado 31.800 famílias em 14 distritos. Com isso impede que milhares de famílias tenham acesso ao Bolsa Família e aos descontos na conta de energia.
Um Secretário que faz parte de um Governo que acabou com o Bolsa Aluguel e instituiu o "Cheque Despejo" de R$ 5mil como política habitacional, empurrando para a periferia ou para as cidades vizinhas os moradores de favelas, sem resolver o problema da moradia. Um Governo que repete o PAS com as AMAs e abandona os postos de saúde e o tratamento mais especializado e prolongado. Secretário, cuide mais da nossa cidade que em 2008 estará arrecadando o dobro do que arrecadava em 2004. Isso é que é aumento da carga tributária!
Postado por Luis Favre às 10:33 0 comentários
Marcadores: Bolsa-Aluguel, Bolsa-familia, Brasil Mídia, Carlos Zarattini Filho, Floriano Pesaro, OESP, pobreza
Postado por Luis Favre às 13:10 0 comentários
Marcadores: arte, Broadway, Cultura, Dança, Leonard Bernstein, musica, musicais, teatro, west side story
Uma comparação simples entre os vencedores das eleições municipais nas capitais de 1988 até hoje e o resultado da eleição presidencial imediatamente seguinte não deixa margem a dúvidas: o processo municipal e o nacional são relativamente desvinculados. Três circunstâncias devem quebrar a escrita no processo eleitoral deste ano: o fato de os governadores de Minas Gerais e de São Paulo disputarem a condição de presidenciáveis, de pela primeira vez desde 1960 não haver uma eleição presidencial com a presença de Luiz Inácio Lula da Silva entre os candidatos e de não haver qualquer candidato natural a assumir o legado de um governo federal que surfa em índices confortáveis de popularidade.
Das 26 eleições nas capitais, está claro o efeito de São Paulo e Belo Horizonte na sucessão em 2010. E o cenário do início de 2008 é adverso tanto para José Serra quanto para Aécio Neves, mas especialmente para o primeiro.
Governador de São Paulo, o tucano José Serra dedicou a sua manhã de quinta-feira a vistoriar uma obra municipal, o Hospital de M'Boi Mirim, na área mais pobre da zona sul paulistana. Primeiro eleito pelo PSDB na cidade com o maior colégio eleitoral do país, Serra renunciou à prefeitura depois de 14 meses, repassando-a para o DEM de Gilberto Kassab. É um episódio que visivelmente o constrange. Na história da cidade, igualou-se a Jânio Quadros e Adhemar de Barros, líderes combatidos por Serra na juventude que também usaram a prefeitura da capital como trampolim para vôos maiores. Para pavimentar seu caminho em direção à candidatura presidencial em 2010, o governador paulista tem na sucessão paulistana o seu maior obstáculo.
Sucessão passa por eleições em BH e SP
Garantir o apoio tucano a Kassab e oferecer a Geraldo Alckmin a possibilidade de voltar ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 resolveria dois problemas de uma só vez para Serra: a consolidação da aliança partidária para a disputa nacional e o controle tucano da sucessão estadual. Mas a renúncia em 2006 diminuiu sua autoridade dentro do partido para barrar uma candidatura de Alckmin à prefeitura agora. Como justificar o apoio ao DEM em nome do interesse partidário? Se a divisão do eleitorado entre Alckmin e Kassab garantir a volta da petista Marta Suplicy à prefeitura, quem pagará o ônus por uma derrota? Se Alckmin ganhar, em que será devedor de Serra?
Tal como Serra, o governador de Minas não aposta em nomes do próprio partido para transformar a sucessão na capital de seu Estado em uma ferramenta para 2010. Belo Horizonte chega ao ano da sucessão do prefeito petista Fernando Pimentel em uma estranha situação de anomia. Nenhum dos nomes de prestígio eleitoral na cidade, como os tucanos João Leite e Eduardo Azeredo ou o petista Patrus Ananias, é de fato candidato. Aécio investe energias em procurar um candidato capaz de unir em um mesmo palanque o PT, o PSDB e o chamado bloco de esquerda - consórcio de pedetistas, comunistas e socialistas que tem no deputado Ciro Gomes (PSB) seu principal trunfo para a sucessão de Lula. Mostrar que é mais capaz que Serra em forjar alianças políticas é uma obsessão para o governador mineiro. Mas a tarefa ficou difícil depois que Walfrido dos Mares Guia foi abatido pela denúncia do Ministério Público sobre o caixa 2 em Minas. Tal como Serra, Aécio depende da boa vontade de adversários.
Fora de seu eixo presidenciável, o cenário para o PSDB é igualmente desalentador. O partido segue sendo uma ficção no Rio. Caminha para a irrelevância em Fortaleza. Não tem opção própria competitiva em Manaus ou Belém. Só demonstra força em Curitiba, onde o atual prefeito, Beto Richa, conta com grande dianteira em pesquisas e com adversários débeis à sua reeleição.
Postado por Luis Favre às 09:24 0 comentários
Marcadores: 2008, 2010, Aécio Neves, Alckmin, José Serra, Marta Suplicy, Municipais, PSDB, PT
da Folha Online
Pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 27 de dezembro de 2007:
"Minhas amigas e meus amigos,
Nesta noite, quero fazer com vocês um balanço de 2007. Deste excelente momento do brasil. Quero começar agradecendo a todos que, com seu trabalho, esforço e determinação, tornaram esse momento possível.
Quero agradecer ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário.
Quero agradecer tanto aos que apoiaram como aos que criticaram o governo ao longo desses anos. Sem a participação de todos seria impossível unir o país e encontrar os melhores caminhos para o futuro.
A todos vocês, meu muito obrigado.
Já podemos dizer com certeza que nossa economia cresceu mais de 5% em 2007. E 2008 será também muito bom, pois estamos iniciando o ano com um ritmo bem vigoroso.
O desemprego está em queda. De janeiro a novembro, criamos 1,936 milhão empregos com carteira assinada, um recorde histórico. Segundo o IBGE, o índice de desemprego no mês passado foi de 8,2%. O mais baixo de toda história desta pesquisa.
Não só aumenta o emprego. O salário também melhora. Em 97% dos acordos, o trabalhador teve reajuste maior ou igual à inflação. A massa salarial cresceu 7% este ano.
Nos últimos 5 anos, 20 milhões de pessoas deixaram as classes D e E, de baixo consumo, e migraram para a classe C. Apenas nos últimos 17 meses, 14 milhões de brasileiros ingressaram nesta nova classe média, cada vez mais ativa e numerosa. Ou seja, finalmente, estamos criando um amplo mercado de massas.
Inclusão social
Um amplo mercado de massas não só melhora a vida de milhões de famílias. Também gera um círculo virtuoso: como há mais gente entrando no mercado consumidor, crescem as vendas, a indústria e o campo produzem mais, os empresários investem com mais força e as empresas abrem mais vagas.
Por tudo isso, este ano, a ONU incluiu o brasil, pela primeira vez, no grupo dos países com alto índice de desenvolvimento humano. É sinal de que nossa luta contra a pobreza, através de programas como o Bolsa Família, está dando certo. Isso mostra que inclusão social não é apenas uma expressão bonita e desejada. E, sim, uma realidade. Uma realidade que vai se ampliar ainda mais, porque o Brasil descobriu como fazer crescimento econômico com inclusão social.
Esta talvez seja a nossa maior conquista nos últimos anos: o Brasil não aceita mais ser um país de poucos. Está se tornando um país de muitos. E não descansará enquanto não for de todos.
Programa de Aceleração do Crescimento-PAC
Em 2007, lançamos e consolidamos o PAC. Em 2008, o Brasil será um canteiro de obras. Nos próximos anos, R$ 504 bilhões vão se transformar em rodovias, ferrovias, hidrovias, energia, portos e aeroportos, habitação, água potável e saneamento básico.
O PAC significa, antes de tudo, crescimento e emprego. As décadas perdidas, pela falta de confiança no país e pela falta de planejamento e de ação do Estado, ficaram para trás.
Não só estamos fazendo mais, como estamos fazendo muito mais barato. Nas licitações para exploração de rodovias, o preço dos pedágios caiu fortemente. No leilão da usina de Santo Antonio, no rio Madeira, o custo do megawatt/hora voltou aos patamares do início da década de 90. São ótimas notícias para o país.
Meio ambiente
Se o brasil descobriu como crescer com inclusão social, também está descobrindo como crescer sem destruir a natureza. Temos conseguido reduzir o desmatamento de forma constante e sustentada. Estamos ampliando nossa liderança mundial no uso e na produção de biocombustíveis. E, a partir do dia 1º de janeiro, daremos um novo passo, adicionando 2% de biodiesel a todo o óleo diesel consumido no país. Nossa matriz energética é e continuará sendo uma das mais limpas do mundo.
Todo esse esforço nos dá autoridade para exigir dos países ricos, os que mais poluem o planeta, medidas efetivas para reduzir o aquecimento global.
Avançar mais
A casa está arrumada e os resultados começam a aparecer. Mas é necessário avançar ainda mais, sobretudo em segurança, educação e saúde.
Na segurança, queremos estreitar ainda mais a colaboração com os Estados. Reforçamos a inteligência policial, organizamos a força nacional de segurança e fortalecemos a Polícia Federal. E lançamos neste ano o Pronasci, programa que investirá até 2010 mais de R$ 6 bilhões no combate ao crime, além de apoiar os jovens ameaçados de cair na delinqüência.
Na educação, alem do Fundeb, criamos o Plano de Desenvolvimento da Educação, o PDE, que fará uma revolução na qualidade do ensino no país. Até 2010, serão aplicados R$ 12 bilhões nos ensinos médio e fundamental, reforçando os salários dos professores e equipando as escolas. E estamos abrindo dez novas universidades públicas, 48 extensões universitárias no interior e 214 escolas técnicas em todo o país. Também estamos ampliando o Prouni, que já ofereceu 400 mil bolsas de estudos em faculdades particulares, e lançando o Reuni, que, em quatro anos, vai criar cerca de 400 mil novas vagas nas universidades federais. Assim, tornaremos mais democrático o acesso ao ensino superior.
Na saúde, no começo de dezembro, lançamos o PAC, que destinaria até 2010 mais R$ 24 bilhões para o setor. Entre outras coisas, todas as crianças das escolas públicas passariam a ter consultas médicas regulares, inclusive com dentistas e oculistas. Infelizmente, esse processo foi truncado com a derrubada da CPMF, responsável em boa medida pelos investimentos na saúde. Como democrata, respeito a decisão tomada pelo Congresso. E estou convencido de que o governo, o Congresso e a sociedade, juntos, encontrarão uma solução para o problema.
Confiança no Brasil
As boas notícias na economia e em outros setores criaram um novo clima no país. Hoje, há mais brasileiros olhando para o futuro com esperança.
Nada disso está ocorrendo por acaso. É fruto do trabalho e das escolhas feitas pelo povo e pelo governo. É fruto da participação social e do funcionamento da democracia. Estamos colhendo o que plantamos.
Volto a repetir que sou, ao mesmo tempo, o mais satisfeito e o mais insatisfeito dos brasileiros. Satisfeito porque fizemos muito, e insatisfeito porque ainda é pouco diante do tamanho da nossa dívida social.
Da minha parte, tenho fé que somos um povo capaz de enfrentar as maiores dificuldades e resolver qualquer problema. Fizemos isso em momentos muito mais difíceis. Certamente poderemos fazer muito mais agora, quando o Brasil encontrou seu rumo e está no caminho certo.
Um feliz Ano Novo. Que 2008 seja ainda melhor que 2007.
Boa noite."
Postado por Luis Favre às 20:46 0 comentários
Marcadores: Brasil Economia, Brasil educação, CPMF, desigualdade, discurso Fim 2008, emprego, Fundeb, IDH, Lula, meio-ambiente, PAC, PED
O jornal Pravda não tinha ombudsman, a Folha tem.
O HC é ONG?
MÁRIO MAGALHÃES
ombudsman@uol.com.br
A pergunta, em tom irônico, foi feita hoje por leitor em mensagem ao ombudsman.
Depois do título em uma única coluna na primeira página de ontem para o incêndio no Hospital das Clínicas, o jornal promove hoje o assunto a manchete: "HC adiou obra em central que pegou fogo".
Se conta histórias das pessoas prejudicadas pelo baque no atendimento, a cobertura praticamente omite os vínculos do HC com o Estado de São Paulo.
Não se trata de produzir investigações jornalísticas com cacoetes inquisitoriais, mas, no mínimo, de indagar as autoridades, ainda que o hospital tenha autonomia de gestão.
Nem na primeira página nem em nenhuma das três páginas internas, incluindo a capa de Cotidiano, dedicadas ao episódio a Folha destaca os vínculos do HC com a administração estadual.
O máximo que se lê, no último parágrafo de um texto: "No dia 25, a direção do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, que está sob alçada da Secretaria de Estado da Saúde, informou que nenhum paciente havia morrido durante o incêndio".
A Folha não traz declarações do secretário Barradas Barata, a não ser nos votos de Boas-festas no Painel do Leitor. Nem do governador Serra. Aparentemente, nem foram procurados para se pronunciar sobre a situação do hospital. Eles não são acusados de nada, o governador correu ao local quando soube do fogo, mas é dever do jornal cobrar a palavra deles.
Chama atenção o fato de a Folha não ter tomado nem a providência mais elementar, consagrada pelo próprio jornal, de investigar as despesas públicas. O principal concorrente local fez isso, e obteve a manchete "Estado só gastou 17,8% da verba para obras no HC".
E acrescentou na linha-fina: "Desde 2005 a Prefeitura pede melhorias no prédio que pegou fogo segunda-feira" _outra informação não encontrada na Folha.
Se a Folha descobriu que houve adiamento em reforma elétrica, repetiu insistentemente que o motivo foi "questão burocrática", aceitando um argumento que pode ser correto ou não.
A Folha preconiza, não custa lembrar, um jornalismo crítico.
Postado por Luis Favre às 20:22 0 comentários
Marcadores: Brasil Mídia, FSP, Governo de São Paulo, HC, José Serra, ombudsman
Postado por Luis Favre às 19:25 0 comentários
Marcadores: arte, Cultura, Joan Manuel Serrat, Mêditerraneo, musica
Blue Star
Disse Alberto Giacometti de esse período da criação do Miró: "é o símbolo da liberdade. Nunca vi nada tão aéreo, tão solto, tão leve. De certa maneira podia se dizer que era perfeito. Miró não podia por um ponto sem que este não aterrissasse no lugar certo. Era tão genuinamente pintor que lhe bastava distribuir três manchas de cor sobre uma tela para que esta existira e fosse um quadro".
Fonte Cristina Civale
Postado por Luis Favre às 19:13 0 comentários
Marcadores: arte, Blue Star, Cultura, Giacometti, Miró, pintura
CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
O consumo de energia elétrica no país cresceu 6,7% em novembro, na comparação com o mesmo período em 2006, informou nesta quinta-feira a EPE (Empresa de Pesquisa Energética). A demanda do mercado chegou a 32.687 GWh (gigawatts-hora) em novembro, ante 30.644 GWh em mês correspondente no ano passado.
De acordo com a "Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica", o consumo de energia, nos últimos 12 meses encerrados em novembro, teve incremento de 5,3% em relação a igual período imediatamente anterior. Isso significa que a demanda atingiu 375.217 GWh. De janeiro a novembro, a taxa acumula crescimento de 5,4%.
O crescimento foi puxado principalmente pelo setor comercial, que teve expansão de 7,8% em relação a novembro de 2006, atingindo 5.126 GWh. No acumulado desde janeiro, o setor comercial apresenta incremento de 6,8%, à frente da indústria (4,9%) e do setor residencial (6,1%), na comparação do período.
O consumo industrial, que representa 45,9% do total, cresceu 5,8% em novembro, na comparação com igual período em 2006, totalizando 14.939 GWh. Nos últimos 12 meses, esse segmento cresceu 4,8%.
O setor residencial teve expansão de 5,6% em relação a novembro de 2006, atingindo 7.854 GWh. Nos últimos 12 meses, teve incremento de 5,9%.
Segundo a EPE, os resultados consolidam a tendência de recuperação do crescimento do consumo de energia, que vem sendo observado ao longo deste ano. 'Esse comportamento reflete o bom desempenho geral da economia brasileira. O aumento da renda e do emprego, a queda nas taxas de juros, a expansão dos prazos de financiamentos, entre outros fatores, têm gerado um efeito em cadeia na economia que se reflete no consumo de eletricidade', informa a EPE.
Natal
Em relação ao setor comercial, a EPE atribui o resultado, além do crescimento do consumo varejista pela proximidade do Natal, à maior movimentação nos aeroportos e portos e ao crescimento do turismo, com maior ocupação de hotéis.
O consumo de energia elétrica em novembro cresceu em todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste, com incremento de 7,9% em relação ao período correspondente em 2006. Na mesma base de comparação, todas as outras regiões do país apresentaram expansão do consumo: Nordeste (7,4%), Sudeste (6,8%), Norte (5,9%) e Sul (5,2%)
A EPE estima que o consumo de energia elétrica, ao final de 2007, terá crescido entre 5,2% e 5,4% em relação a 2006. Para 2008, a EPE prevê expansão de 5,2% no consumo, na comparação com 2007, com o segmento comercial mantendo-se como o principal destaque.
Postado por Luis Favre às 18:54 0 comentários
Marcadores: consumo, eletricidade, energia, EPE, pesquisa
As ações da Cesp, empresa paulista de energia, valorizaram ontem 26%, após o anúncio de sua privatização pelo governo estadual.
Este entusiasmo se explica, pois o crescimento da demanda em eletricidade poderá render bons dividendos para os compradores e para os acionários. Poderia também dar esse lucro todo para os cofres estaduais e reverter em obras como hospitais, expansão da rede elétrica etc.
O curioso do processo atual é a maneira digamos pouco transparente da ação do governador Serra na questão da privatização.
Por exemplo, em 28 de setembro 2007, o jornal dizia: Por enquanto, a única decisão tomada é a venda das ações da Cesp excedentes ao controle do Estado. Ainda de acordo com integrantes do governo do Estado, o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, é favorável à participação da iniciativa privada nas estatais paulistas. Em reuniões, defende a medida como instrumento de transparência e de eficiência na administração pública.(FSP). Agora já não se trata de associar a iniciativa privada mas de vender o controle da empresa ao capital privado e o mesmo secretário de pontificar que "não é vocação do Estado produzir eletricidade".(FSP, hoje)
Outra curiosidade, que não provocou à época nenhum desmentido, foi a notícia publicada no jornal O Globo e reproduzida em aquela data aqui no Blog:
Coluna de Ancelmo Gois - O Globo
De olho na luz
O que se diz no mercado é que Daniel Dantas está comprando ações da Cesp, que deve ser privatizada em 2008. Ele já teria 12,8% das ações preferenciais da estatal de energia paulista."
Postado por Luis Favre às 15:24 0 comentários
Marcadores: Cesp, eletricidade, energia, Governo de São Paulo, José Serra, privataria, privatização
Minúsculos tubos são obtidos em laboratório a partir de células-tronco
O Globo
Cientistas americanos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) anunciaram que estão próximos da criação de vasos sanguíneos artificiais.
Eles conseguiram criar minúsculos tubos em laboratório a partir de células-tronco.
A obtenção de vasos sanguíneos artificiais é considerado um dos importantes desafios da medicina regenerativa porque eles poderão transplantados para diversos órgãos que precisem de grandes quantidades de tecidos vasculares.
A equipe do MIT fez com que células-tronco chamadas de células progenitoras endoteliais fossem esticadas, formando tubos em volta de um modelo em escala nano que continha ranhaduras.
Importância para fornecer sangue para outros tecidos As células detectaram as ranhaduras e se alongaram, alinhandose na mesma direção, o que resultou em uma estrutura multicelular com margens definidas. Com a ajuda de um gel, que induziu o crescimento das células, foram formados tubos tridimensionais.
De acordo com os cientistas, no trabalho publicado na revista “Advanced materials”, isso provou que é possível controlar o desenvolvimento das células usadas para formar esses vasos.
Pesquisadores já haviam conseguido criar vasos mais largos, mas a formação de minúsculos capilares, necessários para fornecer sangue para outros tecidos e para órgãos sempre foi considerado uma tarefa mais complicada.
Postado por Luis Favre às 11:33 0 comentários
Marcadores: células-tronco, Ciência, medecina, MIT, pesquisa científica, Saúde, vasos sanguíneos artificiais
Postado por Luis Favre às 11:29 0 comentários
Marcadores: Brasil Justiça, desaparecidos, Dictadura militar, Forças Armadas, Itália, operação Condor, Plano Condor, Tarso Genro, tortura
Carnaval Mangueira 2008