Uma luz para noctívago (2)
As ações da Cesp, empresa paulista de energia, valorizaram ontem 26%, após o anúncio de sua privatização pelo governo estadual.
Este entusiasmo se explica, pois o crescimento da demanda em eletricidade poderá render bons dividendos para os compradores e para os acionários. Poderia também dar esse lucro todo para os cofres estaduais e reverter em obras como hospitais, expansão da rede elétrica etc.
O curioso do processo atual é a maneira digamos pouco transparente da ação do governador Serra na questão da privatização.
Por exemplo, em 28 de setembro 2007, o jornal dizia: Por enquanto, a única decisão tomada é a venda das ações da Cesp excedentes ao controle do Estado. Ainda de acordo com integrantes do governo do Estado, o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, é favorável à participação da iniciativa privada nas estatais paulistas. Em reuniões, defende a medida como instrumento de transparência e de eficiência na administração pública.(FSP). Agora já não se trata de associar a iniciativa privada mas de vender o controle da empresa ao capital privado e o mesmo secretário de pontificar que "não é vocação do Estado produzir eletricidade".(FSP, hoje)
Outra curiosidade, que não provocou à época nenhum desmentido, foi a notícia publicada no jornal O Globo e reproduzida em aquela data aqui no Blog:
Sexta-feira, 14 de Setembro de 2007
"Uma luz para noctívago
Coluna de Ancelmo Gois - O Globo
De olho na luz
O que se diz no mercado é que Daniel Dantas está comprando ações da Cesp, que deve ser privatizada em 2008. Ele já teria 12,8% das ações preferenciais da estatal de energia paulista."
Mas não seria adequado um amplo debate sobre está venda?
Luis Favre
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