quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O jornal O Estado de São Paulo continua a se fingir de morto

O jornal O Estado de São Paulo continua a se fingir de morto. Três dias atrás, conforme mostramos neste blog, um artigo de pagina inteira fazia apologia da "idéia" do Secretário de Assistência Social de Kassab, Floriano Pesaro, de criar o programa "Bolsa-Aluguel". O Secretário disse que a "idéia" lhe veio em Nova York, onde ele ainda se encontra. A peça "jornalística" omitia que esse programa existia, criado pela Marta Suplicy, e foi fechado pelo próprio secretário.

No mesmo dia da publicação do artigo laudatório mostrei com arquivos de diversos jornais a manipulação do secretário de Kassab. Ao dia seguinte idem (ver aqui no blog Refrescando a memória do Estadão e Administração Kassab, com ajuda do Estadão, vai até New York para descobrir o que a Marta já fez).

Até hoje, o Estadão não disse uma palavra, não publicou nenhuma carta e não fez nenhuma retificação.

Cometer erros, todo mundo comete. No jornalismo tem até uma palavra, "barriga", para designar esses erros. Não reconhecer esses erros faz parte do mau jornalismo. Aquele jornalismo que confunde informação com propaganda.

Para refrescar a memória do jornal paulista sobre o "Bolsa-Aluguel" reproduzo a seguir artigo do próprio Estadão com data 17 de março 2007.

Luis Favre

O Estado de São Paulo

Sem-teto seguem acampados em frente ao prédio da CDHU no centro de SP

Uma das reivindicações dos sem-teto é a inclusão no programa Bolsa Aluguel

Há 17 dias integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto da Região Central (MTST-RC) e do Movimento de Defesa à Moradia (MDM) estão acampados em frente ao Edifício Cidade I, onde fica a sede da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), na altura do nº 176 da Rua Boa Vista, no centro da capital paulista.

No total são 160 pessoas, mas o protesto, nos últimos dias, vem sendo realizado na base do revezamento durante a madrugada. Eram 3 horas desta terça-feira e havia um grupo com cerca de 30 acampados, entre estes várias crianças. Todos exigem da CDHU - subordinada à Secretaria Estadual de Habitação - a disponibilização imediata de alojamentos para as famílias, que foram retiradas de prédios por elas invadidos nas região da Consolação (centro), Mooca (leste) e Butantã (oeste).

Os sem-teto afirmaram que, por volta da 0h30 desta madrugada, policiais militares e funcionários da Prefeitura teriam tentado retirá-los de lá e alguns objetos foram levados. Não houve confronto. Outra reivindicação dos sem-teto é a inclusão deles no programa Bolsa Aluguel - benefício concedido a famílias residentes em imóveis onde já existe intervenção de outros projetos habitacionais.


O programa é custeado pela Secretaria Municipal de Habitação (SMH) e cada contemplado recebe um subsídio de R$ 200 até R$ 300 durante 30 meses. Atualmente, 1.500 famílias recebem o auxílio e a Secretaria informou que não há previsão orçamentária para mais inclusões. A prefeitura frisou que não ampliará o número de beneficiários do Bolsa Aluguel este ano.

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