quarta-feira, 4 de julho de 2007

Que desastre: Levantamento mostra que 15% dos universitários nunca leram um livro

No Rio e em São Paulo, maioria dos estudantes não tem hábito de ler

Maiá Menezes para O Globo

A leitura de livros não-didáticos está fora das lições de casa da maioria dos estudantes de universidades públicas e privadas de São Paulo e do Rio. A raridade do hábito foi medida em pesquisa encomendada pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e feita pelo Instituto Toledo e Associados. Em junho, foram ouvidos mil jovens na Região Metropolitana de São Paulo, dos quais 34% não lêem com freqüência, 18% não gostam de ler e 16% lêem apenas de vez em quando.

No ano passado, pesquisa feita por técnicos do CIEE apontou problemas semelhantes no Rio: 15% dos universitários nunca leram um livro não didático, 12% leram apenas um, e 36% leram entre um e três livros.

A leitura de jornais diários também não está incluída na pauta da grande maioria dos universitários. As duas pesquisas mostram que apenas 9% dos estudantes lêem diariamente jornais depois que entram na faculdade.

— Uma parcela dos estudantes ainda não despertou para a necessidade de uma formação mais ampla e de ter referências bibliográficas. A base cultural é avaliada no processo seletivo. Quando a formação cultural é pequena, há prejuízo no processo seletivo.

Quem lê mais tem vocabulário mais completo e adquire uma cultura geral maior — ressalta Marcelo Gallo, diretor regional do CIEE.

A pesquisa também identificou que o acesso à internet se democratizou entre os universitários: 90% dos que foram ouvidos têm acesso à rede.

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