Cineasta sueco Ingmar Bergman morre aos 89 anos
Folha Online
O diretor sueco Ingmar Bergman morreu nesta segunda-feira aos 89 anos.
Jonte Wentzell/AP |
Cineasta Ingmar Bergman morreu nesta segunda-feira na Suécia |
A causa da morte não foi divulgada oficialmente pela família, segundo a agência de notícias sueca TT, que confirmou a notícia com a filha do cineasta, Eva Bergman.
Bergman morreu em casa, na localidade de Farö, onde morava. O local do velório e do enterro ainda não foi definido. O funeral deve ser aberto apenas a parentes e amigos.
Em sua longa cinematografia (que ultrapassa os 50 filmes), Bergman foi mestre em levar às telas temas existencialistas. Ao todo, ganhou sete prêmios no Festival de Cannes e dois no de Berlim.
Entre seus longas estão os célebres "Morangos Silvestres" (1957), "O Sétimo Selo" (1957), "Gritos e Sussurros" (1972), "A Flauta Mágica" (1975), "O Ovo da Serpente" (1978) e "Fanny e Alexander" (1982).
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Cena do filme "O Sétimo Selo", de Bergman, em que Max Von Sydow joga xadrez com a morte |
Seu último filme como diretor foi "Saraband", rodado inicialmente para a TV. O longa, estrelado por Erland Josephson e Liv Ullman, retoma os personagens de "Cenas de um Casamento" (1973).
Bergman era também dramaturgo. Sobre as duas artes, afirmou: "O teatro é o começo, o fim, é tudo, enquanto o cinema pertence ao âmbito da prostituição".
Trajetória
O diretor nasceu no dia 14 de julho de 1918 em Uppsala, ao norte de Estocolmo, filho de um pastor protestante. Foi educado de maneira severa e austera. Essa formação religiosa marcou seu caráter.
Estudou na Universidade de Estocolmo e aprendeu a arte da direção com um grupo de teatro estudantil, levando para a tela grande obras de Strindberg e Shakespeare.
A partir de 1944, dividiu o teatro com o cinema. Bergman fez seu primeiro filme, "Crise", em 1945.
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"Morangos Silvestres", com Sjöstrom, Bjorn Bjelvenstam, Folke Sundquist e Bibi Anderson |
Em 1976 foi viver na Alemanha devido a problemas com o fisco sueco e em seguida estreou "O Ovo da Serpente", sobre a ascensão do Nazismo.
De volta à Suécia, filmou "Fanny e Alexander", uma obra sobre sua infância e sobre sua paixão pelo espetáculo que recebeu quatro Oscars.
Comandante da Legião de Honra, membro da Academia de Letras da Suécia e reputado dramaturgo, Bergman revelou sua vida privada e profissional nos livros "Lanterna Mágica" (1987), "Imagens" (1993) e "Crianças de Domingo" (1994), adaptado para as telas por seu filho Daniel.
Casado cinco vezes, Bergman teve nove filhos.
Com agência France Presse
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