Expansão à base de etanol, petróleo e turismo
Áreas técnicas precisam de mestres e doutores. Visitantes estrangeiros devem deixar recorde de dólares no país
Os mercados de trabalho de biocombustíveis, petróleo e turismo também passam por um bom momento. Entre as razões que explicam a oferta de emprego nas áreas, está a falta de pesquisadores para desenvolver álcool etanol e biodiesel.
Também é preciso pessoal para trabalhar nos novos investimentos do petróleo, já que, só a Petrobras, tem programados R$ 171 bilhões até 2011. O PanAmericano e campanhas institucionais, por sua vez, trazem turistas e novos empreendimentos.
A inclusão do Cristo Redentor na lista das sete novas maravilhas do mundo vai reforçar a atração não só do Rio, como do Brasil.
Para Eduardo Cavalcanti, coordenador do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), que promove análises e testes de desempenho com biocombustíveis, haverá trabalho para pelo menos até dez anos. Além do biodiesel à base de mamona e soja, o Brasil está fazendo pesquisas com etanol. Segundo ele, a perspectiva é favorável no campo, onde é produzida a matéria-prima; nos laboratórios, onde se fazem os estudos e ainda na distribuição: — Metade das usinas de álcool do Norte fluminense já reabriu em função dos motores flex fuel, que usam álcool, além da gasolina. É uma amostra do início da recuperação econômica.
Cavalcanti, que acaba de voltar de um encontro em Washington, em que foram discutidos parâmetros de produção, acrescenta que a pesquisa também está em alta no setor: — Um bom campo de trabalho já começa a se abrir para mestres e doutores.
É o que também pensa Angela Uller, coordenadora do Centro de Pesquisas e Caracterização de Petróleo e Combustíveis (CoppeComb). O centro de pesquisas de R$ 8 milhões foi inaugurado no mês passado pela Petrobras e pela Coppe/UFRJ.
— O caminho está na especialização.
O aprofundamento dos estudos é fundamental. E mais: não só está faltando gente com pós-graduação como as empresas estrangeiras estão vindo ao Brasil contratar profissionais — diz Angela.
Não só o interesse das empresas estrangeiras está aquecendo o mercado de combustíveis como é preciso preencher uma lacuna na qualificação profissional. Segundo o gerente de Suporte e Serviços do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Evandro Pires, há muita gente recém-formada ou prestes a pedir aposentadoria: — Há poucos profissionais plenos, os mais procurados. E uma boa formação em petróleo toma tempo: de cinco a oito anos, depois da graduação.
O turismo também está batendo recordes. Segundo o Ministério do Turismo, os cinco primeiros meses do ano registram a entrada de US$ 2 bilhões (R$ 3,6 bilhões), trazidos por turistas estrangeiros.
A perspectiva é de que a receita chegue a US$ 4,8 bilhões, transformando 2007 no melhor ano da história.
Para o secretário municipal de Trabalho e Emprego, Wanderley Mariz, o Pan-Americano é um das causas desse desempenho.
Bom para os cariocas: — Como legado, temos sete novos hotéis na cidade. Jornal O Globo (para assinantes).
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