Julgamentos precipitados
Na Folha de hoje, um exemplo do erro dos julgamentos precipitados, mesmo por especialistas, como o Brigadeiro Renato Cláudio Costa Pereira, que escreve um artigo com o titulo "A responsabilidade pela Segurança de Vôo" (só para assinantes). No artigo, apesar de afirmar que é preciso esperar a análise da caixa preta do airbus, na prática, atribui à pista de Congonhas a principal responsabilidade pelo acidente e propõe que o aeroporto opere com restrições e não funcione com chuva.
A manchete do Estadão de hoje - “Airbus da TAM voava com defeito no freio aerodinâmico” e a manchete da própria Folha - "Avião da TAM tinha falha na frenagem", se confirmadas, deixarão o brigadeiro em maus lençóis. No artigo, o brigadeiro ainda dá a entender que a Aeronáutica pode enfrentar a situação do sistema de proteção ao vôo, que estaria degradado, se tiver recursos, "sem intervenções políticas e despreparadas". Embora admita que nosso sistema de proteção de vôo é um dos mais eficientes do mundo. Quer dizer, os militares têm o monopólio da eficiência técnica e da competência, e não há intervenções políticas na Aeronáutica.
O Brigadeiro que me perdoe, mas nossa história recente está cheia de ineficiências e de intervenções políticas dos militares. Basta ver a construção de aeroportos na época da ditadura, para ficar só nessa área. A crítica procedente do brigadeiro Renato Pereira está na falta de coordenação do sistema aéreo e na necessidade de uma autoridade com experiência e vivencia para dirigir o que ele chama das "4 cabeças diferentes". Problema que deveria ter sido resolvido há meses.
Com relação aos investimentos nos equipamentos de controle de vôo, na segurança e nas pistas dos aeroportos, somente uma investigação técnica poderá afirmar se podem ter ficado aquém do necessário, e se a causa do trágico acidente com o Airbus da TAM foi a pista ou o controle aéreo. Antes do final das investigações deveríamos nos dedicar a superar os graves erros cometidos até agora na direção e na operação do sistema aéreo brasileiro.
Que seja feito tudo para não acontecer acidentes como esse, que abalou todo o país.
A manchete do Estadão de hoje - “Airbus da TAM voava com defeito no freio aerodinâmico” e a manchete da própria Folha - "Avião da TAM tinha falha na frenagem", se confirmadas, deixarão o brigadeiro em maus lençóis. No artigo, o brigadeiro ainda dá a entender que a Aeronáutica pode enfrentar a situação do sistema de proteção ao vôo, que estaria degradado, se tiver recursos, "sem intervenções políticas e despreparadas". Embora admita que nosso sistema de proteção de vôo é um dos mais eficientes do mundo. Quer dizer, os militares têm o monopólio da eficiência técnica e da competência, e não há intervenções políticas na Aeronáutica.
O Brigadeiro que me perdoe, mas nossa história recente está cheia de ineficiências e de intervenções políticas dos militares. Basta ver a construção de aeroportos na época da ditadura, para ficar só nessa área. A crítica procedente do brigadeiro Renato Pereira está na falta de coordenação do sistema aéreo e na necessidade de uma autoridade com experiência e vivencia para dirigir o que ele chama das "4 cabeças diferentes". Problema que deveria ter sido resolvido há meses.
Com relação aos investimentos nos equipamentos de controle de vôo, na segurança e nas pistas dos aeroportos, somente uma investigação técnica poderá afirmar se podem ter ficado aquém do necessário, e se a causa do trágico acidente com o Airbus da TAM foi a pista ou o controle aéreo. Antes do final das investigações deveríamos nos dedicar a superar os graves erros cometidos até agora na direção e na operação do sistema aéreo brasileiro.
Que seja feito tudo para não acontecer acidentes como esse, que abalou todo o país.
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