quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Evento renova constrangimento no PSDB

Ao lado de Kassab e FHC em inauguração, Serra justifica ausência de Alckmin e afirma que antecessor não pôde comparecer


Em discurso, Serra enfatiza que modernização de trens começou em gestão do ex-governador e que ele foi convidado para evento

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar do esforço de pacificação da semana passada, três incidentes abalaram de novo as estruturas do PSDB. Defensor declarado da aliança com o DEM, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dividiu ontem palanque com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e o governador José Serra para inauguração de duas estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Em Ourinhos para uma palestra, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que, assim como Kassab, quer disputar a Prefeitura de São Paulo, não estava lá para foto. Temendo reação, Serra disparou telefonemas frisando que Alckmin fora convidado e afirmando que FHC participara a convite do secretário de Transportes Metropolitanos, Luiz Portella.
"Os primeiros contratos referentes à modernização desta linha foram assinados pelo ex-governador Geraldo Alckmin, que queria também homenagear nesta cerimônia, que também foi convidado, mas tinha um compromisso de trabalho", justificou Serra, em discurso.
Em entrevista, ele esquivou-se de tratar das eleições. "Hoje é dia de falar de trem." FHC não discursou, mas também descerrou a placa de inauguração da estação Comendador Ermelino. "Estou aqui como "uspiano". Nada a ver com política."
O constrangimento aconteceu no dia em que veio à tona, no site da revista "Veja", um relatório em que Portella reclama a Serra dos anos de "falta de manutenção" do Metrô, antes sob o comando de Alckmin.
Além disso, em resposta aos que o acusam de retaliação, Serra teria dito que os bons tucanos estavam no seu governo ou na Prefeitura. Como a frase ganhou publicidade, teve que se explicar. Em outra solenidade, Kassab disse que "quatro anos é pouco" para executar o projeto de governo.
Enquanto isso, a ministra Marta Suplicy (Turismo), possível candidata do PT à prefeitura, era recebida ontem em Madri, pelo rei Juan Carlos, da Espanha. (RICARDO SANGIOVANNI E CATIA SEABRA)

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