Marta fala na Alemanha para trazer investimentos para o Brasil
Munique (28/01/08) – A ministra do Turismo, Marta Suplicy, destacou, hoje (28), em Munique (Alemanha), ao participar da Sportsponsorship Conference (Ispo), que o Brasil tem crescido com equilíbrio, mais crédito, empregos e distribuição de renda.
Marta proferiu palestra na abertura da conferência e das seis feiras de negócios, sobre o tema “As oportunidades no Brasil". A ministra destacou particularmente as oportunidades de investimentos que surgiram a partir do anúncio da realização, no Brasil, da Copa Mundial de Futebol de 2014.
O tema despertou grande interesse, tendo em vista que a Agência Federal de Comércio Exterior Alemã recomendou o investimento no país, segundo lembrou a ministra, citando a edição de novembro de 2007 da revista preparada pela agência, dirigida a empresários. A Ispo, realizada anualmente, é o mais importante congresso de patrocinadores esportivos da Europa. Reúne, nesta edição, 180 palestrantes em 17 painéis, além de expositores de equipamentos esportivos, moda e estilo de vida.
"A estabilidade monetária, com a redução e controle da inflação, resultou no crescimento do PIB por 23 trimestres consecutivos. Conseqüentemente, a relação Dívida Pública/PIB, que em 2003 era de 52,4%, diminuiu para 42,6% em 2007. As taxas de investimento e consumo também acumularam índices positivos nos últimos 15 e 16 meses, respectivamente. E a taxa de juros básicos, que chegou a 26,5% ao ano em 2003, tem sido reduzida de forma responsável, sendo atualmente cotada em 11,25%", afirmou a ministra.
Marta Suplicy também observou que "o risco país" tem estado bem abaixo dos 200 pontos, e as reservas internacionais cresceram de US$ 59,8 bilhões para US$ 185 bilhões, em apenas um ano. Mais um ponto relevante no discurso da ministra aos participantes da Ispo foi sobre a redução da taxa de desemprego, que caiu para 8,2%, o menor patamar desde a criação, em 2002, da série histórica. "Como conseqüência, constatou-se importante melhoria na distribuição de renda e redução de pobreza, que, segundo o relatório ‘Perspectiva Econômica Mundial’ do FMI, caiu de 28,2% em 2003 para 19,3% em 2006. A renda média dos trabalhadores aumentou 3,12% em relação a 2006."
Diante de bons resultados, como esses apresentados, em 2007, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) qualificou o Brasil como o quinto melhor país do mundo para se investir. "Nesse mesmo ano, segundo dados do Banco Mundial, o Brasil passou a ocupar o sexto lugar na economia mundial, em um ranking com 146 países, analisado o PIB quanto à paridade do poder de compra. Aqui, na Alemanha, temos a Agência Federal de Comércio Exterior Alemã também recomendando o investimento em nosso país", observou a ministra.
A ação do governo federal na redução das desigualdades sociais fez com que o país melhorasse sensivelmente seu IDH, passando a ocupar a categoria dos países de alto desenvolvimento humano. Para a ministra do Turismo, "ainda há muito o que fazer, mas o desenvolvimento econômico e social consolidou um mercado interno bastante dinâmico e uma nova presença política e econômica do Brasil no cenário mundial". A ministra citou, como exemplo, que a indústria dos cartões de crédito deverá faturar no Brasil US$ 122,5 bi em 2008, atingindo 104 milhões de usuário, frente os atuais 92 milhões. "Esses dados representam um aumento de 13%."
Perspectivas positivas – Justamente esse cenário de estabilidade econômica, associada à estabilidade político-institucional, na opinião da ministra, contribuiu para que a candidatura do Brasil fosse acatada para sediar a Copa Mundial de Futebol de 2014. E as perspectivas, a partir dessa definição, são muito positivas: "As competições esportivas do calendário mundial têm um efeito multiplicador na economia dos países que as sediam. Têm a capacidade de reestruturar a paisagem urbana dos países-sede, deixando um legado para a economia do país e a qualidade de vida da população. Além disso, a promoção do futebol, como de outros esportes, está associada à promoção de outros segmentos da economia".
Por fim, a ministra observou que, para abrigar competições esportivas internacionais com excelência, são necessários inúmeros investimentos prévios e um planejamento fortemente estruturado. Ela explicou que "o governo brasileiro se mobiliza e se organiza para identificar as demandas e os investimentos públicos e privados, nos âmbitos nacional e internacional, que serão necessários para habilitar as cidades que sediarão os jogos. Estão previstos projetos em aeroportos, transporte público, hotelaria, saneamento básico, telecomunicações, dentre outros".
"No que se refere a investimentos em infra-estrutura urbana, o planejamento da Copa de 2014 já está em parte contido no Programa de Aceleração do Crescimento, lançado pelo Governo Federal em 2007, com o objetivo de criar um ambiente favorável ao crescimento econômico e despertar o espírito empreendedor do empresariado. Até 2010, esses investimentos em infra-estrutura urbana serão da ordem de US$ 288,7 bi, dentre os quais US$ 33 bi serão destinados a investimentos em infra-estrutura turística", informou Marta Suplicy, explicando, também, que o Ministério do Turismo já iniciou seu planejamento. "Contratamos um estudo junto a uma renomada entidade brasileira – a “Fundação Getúlio Vargas” –, o qual apontará a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento turístico no Brasil, com o objetivo de alcançar um nível internacional em 65 destinos prioritários até 2010. Esses destinos incluem as 18 cidades brasileiras que pleiteiam sediar os jogos." O objetivo é contribuir para a excelência da recepção das seleções, torcedores, imprensa e turistas que visitarão o Brasil tanto durante a Copa de 2014 quanto depois de sua realização.
Plano Nacional do Turismo – O investimento realizado para a Copa de 2014, além de atrair mais turistas estrangeiros, ajudando a posicionar o Brasil como um dos principais destinos internacionais, também contribuirá para que o turismo avance nas metas previstas no Plano Nacional do Turismo (2007-2010). Até 2010, as metas são: alcançar 217 milhões de viagens no mercado interno, criar 1,7 milhão de novos postos de trabalho, gerar US$ 7,7 bilhões em divisas e desenvolver 65 destinos turísticos com padrão de qualidade internacional.
Ass. de Comunicação do Ministério do Turismo - ASCOM
Ass. de Comunicação da Embratur - ASCOM
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