Mãe de Betancourt tem medo de Uribe e dos militares colombianos
Ingrid Betancourt
Mãe de Betancourt diz rezar para que Colômbia não ache sua filha
REUTERS
BUENOS AIRES - A mãe de Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial colombiana sequestrada pelas Farc, disse neste domingo rezar para que o governo de Alvaro Uribe não encontre sua filha.
A ex-senadora franco-colombiana foi sequestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em fevereiro de 2002, durante sua campanha eleitoral, e desde então a família de Betancourt mantém uma intensa luta para conseguir a liberdade dela, sem saber se está viva.
Vídeos recentemente divulgados, nos quais pode se ver uma Betancourt debilitada e desanimada em meio à selva colombiana, reavivaram os pedidos internacionais às Farc.
"Eu peço a Deus todos os dias que o governo da Colômbia não saiba onde está minha filha", disse Yolanda Pulecio a jornalistas em Buenos Aires, após encontro com o chanceler argentino Jorge Taiana.
"Tenho muito medo da prova de vida da minha filha, por medo de que as pessoas descubram e saibam onde se encontra a minha filha e o presidente (Uribe) mande operações militares, e que a matem e justifiquem a guerra dizendo que a guerrilha a matou", acrescentou Yolanda.
As imagens de prova de vida comoveram o mundo e levaram o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a pedir que as Farc libertem Betancourt.
Uribe irá a Buenos Aires na segunda-feira para a posse de Cristina Fernández Kirchner, onde conversará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem se mostrado disposto a cooperar com a Colômbia.
(Por Juan Bustamante)
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