segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Fadiga de material: Rejeição a Cesar Maia sobe de 25% para 31%


Prefeito do Rio de Janeiro, que está no terceiro mandato, tem aprovação de 33% dos 640 ouvidos pelo Datafolha

Entrevistados deram à administração nota 5,1, em média, e disseram que principais problemas da cidade são segurança e saúde

SERGIO COSTA
DA SUCURSAL DO RIO
FOLHA DE SÃO PAULO

Em seu terceiro mandato na Prefeitura do Rio de Janeiro e há quase sete anos consecutivos no poder, Cesar Maia (DEM) enfrenta hoje o crescimento da reprovação a seu governo, segundo a pesquisa do instituto Datafolha realizada no final de novembro.
A gestão é avaliada como ruim ou péssima por 31% dos entrevistados -seis pontos percentuais a mais do que no último levantamento (25%), realizado em março deste ano.
O prefeito é aprovado por 33% -oscilação positiva de um ponto percentual em relação a março. Os eleitores que consideram Maia regular oscilaram para baixo, no limite da margem de erro -de quatro pontos: de 39% para 35%.
Sua média ficou em 5,1, quinto lugar entre os nove prefeitos avaliados pelo Datafolha (veja quadro ao lado).
A maior aprovação de Cesar Maia, 63, na série histórica do Datafolha, foi 52% de ótimo/ bom ao fim do seu primeiro mandato (1993/96), em dezembro de 1996. Em julho de 2006, tinha 37%.
Com os 33% de agora, a seqüência decrescente de aprovação indica que Maia pode estar sofrendo do mal que costuma atribuir a adversários com a expressão "fadiga de material". São quase 15 anos como principal nome da política local.
O Datafolha mostra que, para 36% dos moradores, o principal problema do Rio associado à prefeitura é o item "segurança/violência/criminalidade" -a segurança, porém, é atribuição do governo do Estado.
Em segundo lugar (18%), aparece o setor de saúde.
Para 18%, Cesar Maia não está se saindo melhor em nenhuma área. O quesito mais bem avaliado pelos entrevistados nesta questão foi "educação/ escolas/creches", com 10% das respostas espontâneas.
Quando a pergunta se inverte ("em qual área a prefeitura está se saindo pior?"), o quesito saúde recebe 23% das respostas, seguido de "segurança/violência/criminalidade" (21%).
O instituto Datafolha realizou 640 entrevistas com eleitores do Rio entre os dias 26 e 29 de novembro. O levantamento tem uma margem de erro de quatros pontos percentuais para mais ou para menos.

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