segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Ricardo Berzoini é reeleito presidente nacional do PT para o biênio 2008/2009



Com 62% dos votos ( o resultado é aproximado) Ricardo Berzoini foi eleito presidente nacional do PT. Jilmar Tatto obteve 38% e já cumprimentou o novo presidente, reconhecendo assim os resultados.

Ricardo Berzoini teve o apoio nas urnas do grupo de Tarso Genro (no primeiro turno Berzoini obteve 43% e o grupo de Tarso e Cardoso 19%). Jilmar Tatto obteve o apoio da corrente de Valter Pomar (no primeiro turno Tatto teve 20% e o grupo de Pomar 12%)

Mesmo com menor participação no segundo turno em relação ao primeiro, a realização do PED, nome da escolha pelos filiados das suas direções, foi um triunfo para o PT pois a participação no processo mostrou uma vitalidade muito acima do que a mídia esperava, tendo participado mais filiados que na eleição anterior em 2006.

O debate interno, por sua vez, mostrou que longe do "internismo" ou da guerra intestina, o PT soube levar a discussão, mesmo com insuficiências, para o terreno das relações governo-partido, 2008 e 2010, política de alianças e programa.

Isto foi facilitado pelo processo de convergência manifestado pelas diferentes correntes internas, com destaque para a postura do grupo de Tarso Genro que mostrou sua capacidade para se unir ao antigo campo majoritário, do qual em aparência era seu crítico feroz.

Mas, fundamentalmente, porque os dois candidatos do segundo turno representam correntes majoritariamente identificadas com a política implementada pelo governo federal, não só no que concerne seus projetos sociais, mas essencialmente com a política econômica implementada desde 2003, as alianças decorrentes da governabilidade e uma maior combatividade em relação aos adversários da oposição.

A eleição do presidente após o segundo turno, ao mesmo tempo que assegura uma representatividade ao eleito, pois permite um voto majoritário, confirmou um reequilíbrio de forças e mudanças nas composições partidárias. Isto pode permitir a construção de novos consensos majoritários no PT dando maior peso ao partido em seu conjunto, tanto em relação ao governo, como em relação aos seus aliados.

O presidente Lula, Ricardo Berzoini e Jilmar Tatto, saem deste processo fortalecidos e o PT em melhores condições de unidade para enfrentar as eleições municipais de 2008.

Luis Favre

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