segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Mulheres correm mais risco de morrer de infarto do que os homens

EFE

VIENA - As mulheres correm um risco de morrer de infarto maior do que os homens, apesar de a incidência ser maior entre eles. Elas devem procurar imediata quando surgem os primeiros sintomas, segundo um estudo apresentado nesta segunda-feira, em Viena, durante o Congresso Europeu de Cardiologia. Nesta segunda, uma participante do encontro morreu de parada cardíaca , apesar dos esforços dos colegas para reanimá-la.

" As mulheres deveriam procurar mais rapidamente a ajudar de um especialista quanto tiverem problemas de coração ou se sentirem mal (M. Masotti, cardiologista) "

De acordo com o levantamento realizado pela equipe da cardiologista Mónica Masotti, do Instituto do Tórax do Hospital Clínico de Barcelona, a porcentagem de mortalidade pós-infarto entre as mulheres subiu para 18%, enquanto entre os homens está restrita a 8% dos casos. Segundo a cardiologista, a explicação é que a população feminina sofre infartos numa faixa etária mais elevada e em estados de saúde piores.

A pesquisa envolveu 529 pacientes, sendo 417 homens e 112 mulheres, entre janeiro de 2002 e dezembro de 2006. Todos eles foram operados em menos de 12 horas após apresentar os primeiros sintomas do infarto. As mulheres morreram durante a cirurgia para a desobstrução das artérias com cateter.

- As mulheres deveriam procurar mais rapidamente a ajudar de um especialista quanto tiverem problemas de coração ou se sentirem mal - recomendou a Masotti, destacando que as mulheres se diferenciam dos homens por uma série de fatores: quando procuram um cardiologista elas são mais velhas e sofrem mais de insuficiência cardíaca e diabetes, apesar de fumarem menos.

Fumo em debate no congresso

Cerca de 25 mil especialistas estão reunidos em Viena até quarta-feira. Em outros painéis, cardiologistas enfatizaram a relação entre fumo e problemas cardíacos. Baseados em estudos realizados na Irlanda e na Itália, o austríaco Kurt Huber reforçou a necessidade de suspensão do fumo em espaços públicos. O estudo irlandês mostrou que o número de infartos caiu no primeiro ano em que se estabeleceu a proibição. Na Itália, o número de hospitalizações por infarto agudo também caiu cinco meses depois de a nova lei entrar em vigor.

Além disso, o cardiologista francês Nicolas Amabile apontou uma relação entre doenças cardíacas e a saúde bucal: os pacientes com gengivite apresentam maior risco de apresentar obstruções nos vasos coronarianos. Fonte portal do O Globo

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