Filósofo fundador da revista 'Le Nouvel Observateur' se suicida
Le philosophe André Gorz en octobre 2006.
André Gorz se suicidou juntamente com sua mulher em Vosnon, no centro da França
PARIS - O filósofo francês André Gorz, co-fundador da prestigiosa revista Le Nouvel Observateur junto com Jean Daniel, se suicidou em companhia de sua mulher em sua casa de Vosnon, no centro da França, informaram nesta segunda, 24, seus parentes.
Os corpos dos dois foram encontrados um ao lado do outro, enquanto um cartaz colocado na porta pedia que a polícia fosse avisada. A mulher do filósofo sofria de uma doença degenerativa há anos.
Nascido em Viena, em fevereiro de 1923, filho de um vendedor de selos judeu e de uma secretária católica, Gorz chegou a Paris em 1949, após ter estudado na Suíça.
Logo entrou em contato com o mundo intelectual da capital francesa e começou a trabalhar como jornalista em diversas publicações, onde seus primeiros artigos foram divulgados sob o pseudônimo de Michel Bosquet.
Em 1961, entrou para o comitê de direção da revista Les Temps Modernes, que tinha sido fundada em 1944 por Jean-Paul Sartre.
Em poucos anos assumiu a direção política da publicação, onde se posicionou como o líder intelectual da tendência "italiana" da "nova esquerda", inspirada em nomes como Bruno Trentin, Garavani e Vittorio Foa.
Em 1964, funda juntamente com Daniel Le Nouvel Observateur, à qual esteve ligado durante anos, até que surgiram diferenças com os demais dirigentes, contrários a suas posturas radicais, cada vez mais inclinadas à ecologia.
Seus ensaios e trabalhos neste campo o levaram a ser considerado um dos pais da ecologia política na França e do anticapitalismo.
Desde o início da década de 90 estava afastado do mundo jornalístico e vivia em retiro ao lado da mulher em Vosnon.
André Gorz, le philosophe et sa femme
Arrivé à un âge où il ne se sent plus la force d'entreprendre un livre de longue haleine, André Gorz se retourne sur sa vie, se rend compte qu'il n'en a jamais écrit l'essentiel, sa relation avec sa femme, et il commence à lui écrire, à elle, directement : "Tu vas avoir quatre-vingt-deux ans. Tu as rapetissé de six centimètres, tu ne pèses que quarante-cinq kilos et tu es toujours belle, gracieuse et désirable. Cela fait cinquante-huit ans que nous vivons ensemble et je t'aime plus que jamais. Je porte de nouveau au creux de ma poitrine un vide dévorant que seule comble la chaleur de ton corps contre le mien." musique et l'émotion, la qualité d'une vie. On lit cette lettre d'amour à une femme vivante, malade et qui souffre et qui va mourir un jour, lointain peut-être encore mais de toute façon trop proche, et cette mort devient aussi inacceptable pour celui qui lit que pour celui qui écrit. Dans les dernières lignes, qui reprennent les premières sur un ton qui étreint le coeur encore plus, cette mort est envisagée. Un tel livre, court, exact, poli comme un galet sans effort apparent, vient rappeler ce que peut la littérature quand elle sonne vraie parce qu'elle sonne juste.Lire plus ici
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