Com a mão na cumbuca
Brasília (18 de setembro) - O deputado Paulo Renato Souza (SP) entrará amanhã com representação na Procuradoria-Geral da República para que seja retirado de circulação o livro Nova História Crítica - 8ª série, distribuído pelo Ministério da Educação a 750 mil estudantes da rede pública. O tucano também pedirá a criação de um conselho para discutir o conteúdo ideológico nos livros didáticos. Paulo Renato afirmou que é contra qualquer propagação de ideologias políticas. "Quando nós, do PSDB, estávamos no governo, evitávamos viés ideológicos na escolha dos livros didáticos. Essas diferenças devem ser respeitadas, mas, infelizmente, estamos vendo que a prática se perdeu com o tempo", avaliou.
Segundo o ex-ministro da Educação, o caso é tão sério que ensejaria até uma ação popular contra o MEC. "As conseqüências podem ser graves porque acabam sendo inculcadas idéias equivocadas sobre o mundo na mente das crianças e adolescentes", disse. Para ele, o capitalismo deve ser aperfeiçoado no sentido de eliminar diferenças sociais, e não ser considerado um mal para a sociedade. "Muitas nações utilizam mecanismos que mantém o sistema, corrigindo os problemas gerados. A própria China já apresenta características capitalistas", observou Paulo Renato.
Já o tucano Lobbe Neto (SP) vê claro cunho político na situação. "Essa é a atitude típica de um governo que gosta de copiar Fidel Castro e Hugo Chávez. Mesmo tentando passar a idéia que tem discordância com os hermanos, Lula e seus colegas se dão muito bem", disse Lobbe.
Este artigo, reproduzido acima, saiu no site do PSDB. A campanha contra este livro tinha ganho as páginas do jornal O Globo e O Estado de São Paulo. Ali Kamel, da rede Globo, já tinha questionado em diversos artigos a presença desse livro nas recomendações do MEC.
Acontece que o livro "Nova História Crítica" tinha sido selecionado pelo MEC na própria gestão tucana de Paulo Renato.
O seja "o governo de FHC gosta de copiar Fidel Castro e Hugo Chavez", dixit o deputado tucano Lobbe Neto e Paulo Renato entrará com uma representação contra si mesmo.
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