Mergulhados num pântano de luxo
Por Luíza Mendes Furia - Valor (para assinantes)
"As Viúvas das Quintas-Feiras" - Claudia Piñeiro
Editora Alfaguara, 256 págs., R$ 35,90
É 27 de setembro de 2001, uma quinta-feira. O mundo ainda está abalado com o atentado ao World Trade Center. Num condomínio de alto luxo, construído num terreno onde antes havia um pântano, nas cercanias de Buenos Aires, três homens estão mortos na piscina da casa de um deles. Um quarto homem volta para casa antes do horário habitual daquele dia dedicado à reunião com os amigos e vizinhos, longe dos filhos, das mulheres e das empregadas. O que os levou à morte?
Numa trama muito bem amarrada e precisa ela expõe as idiossincrasias e o egoísmo da elite sul-americana (tudo seria também muito plausível no Brasil), seu alheamento da realidade social, seus preconceitos raciais e sexuais, seu "enclausuramento" em condomínios fechados, sob pretexto de viver mais perto do verde, sua supervalorização de tudo o que é caro e importado e o extremo esforço para ocultar as perdas ou tentar recompensá-las por meios ilícitos quando o sistema financeiro do país começa a ruir. O leitor ficará eletrizado com o golpe de mestre que espera todos no fim da história.
Editora Alfaguara, 256 págs., R$ 35,90
É 27 de setembro de 2001, uma quinta-feira. O mundo ainda está abalado com o atentado ao World Trade Center. Num condomínio de alto luxo, construído num terreno onde antes havia um pântano, nas cercanias de Buenos Aires, três homens estão mortos na piscina da casa de um deles. Um quarto homem volta para casa antes do horário habitual daquele dia dedicado à reunião com os amigos e vizinhos, longe dos filhos, das mulheres e das empregadas. O que os levou à morte?
|
Numa trama muito bem amarrada e precisa ela expõe as idiossincrasias e o egoísmo da elite sul-americana (tudo seria também muito plausível no Brasil), seu alheamento da realidade social, seus preconceitos raciais e sexuais, seu "enclausuramento" em condomínios fechados, sob pretexto de viver mais perto do verde, sua supervalorização de tudo o que é caro e importado e o extremo esforço para ocultar as perdas ou tentar recompensá-las por meios ilícitos quando o sistema financeiro do país começa a ruir. O leitor ficará eletrizado com o golpe de mestre que espera todos no fim da história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário