Venda de pacotes para férias de julho caiu 35%
Alexandra Penhalver
A venda de pacotes turísticos no Brasil para as férias de julho caiu cerca de 35%, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-SP) e do Sindicato de Empresas de Turismo (Sindetur-SP). A crise no setor aéreo é apontada pelas entidades como principal responsável pela redução. Para os representantes do setor, as famílias temem passar muitas horas nos aeroportos com as crianças e resolvem não se arriscar.
Movimento inverso ocorre com a procura por pacotes turísticos para o exterior, que está aquecida. O câmbio favorável, que deixa o real mais próximo de dólares, euros e moedas sul-americanas, aumenta o interesse dos brasileiros. Segundo a Abav e o Sindetur-SP, a procura por pacotes rumo a Bariloche (Argentina), por exemplo, aumentou 40% em julho, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O principal problema que impede o aumento na venda de pacotes para destinos internacionais envolve também o caos aéreo: faltam vôos para o exterior, o que dificulta o trabalho das agências de turismo. De acordo com a Abav e Sindetur, as perspectivas em relação a turistas de fora do País não são positivas. Uma pesquisa da Organização Mundial de Turismo, feita em junho, mostrou que o Brasil recebeu 6,3% menos estrangeiros em 2006. No mesmo período, o País arrecadou 10,2% a mais na área, isso porque há mais visitantes europeus, que ficam em média duas semanas em cada local e gastam em média US$ 1 mil por estadia.
De acordo com Abav e Sindetur, a “tendência é de que o movimento internacional continue caindo”, tanto por causa do câmbio - só favorável ao brasileiro que vai ao exterior - quanto pelo caos nos aeroportos, que já repercute na mídia internacional. O Estado de São Paulo
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