Reflexões pessoais sobre o discurso do presidente Lula ao 3º Congresso do PT
Foto: Daniel Pera/Agência O Globo.
O presidente Lula, no seu discurso ao 3º Congresso do PT, procurou inscrever o conjunto da política do governo na perspectiva traçada durante anos pelo PT: a de promover uma transição entre o modelo neoliberal herdado dos governos dos Fernandos (Collor e Henrique Cardoso), para um projeto nacional de desenvolvimento sustentado na redução das desigualdades sociais.
Seu discurso permitiu aos delegados perceber que além dos resultados obtidos em matéria de política econômica e inclusão social, um modelo de reconstrução da capacidade de ação do Estado brasileiro está em curso como indutor do crescimento econômico. Ele tem como pivô o mercado interno de consumo de massas, o deslanche das exportações para mercados diversificados e um ciclo de oportunidades produtivas para o capital privado nacional e internacional. Passo a passo este modelo esta sendo construído no país, acompanhado da ação redistributiva do Estado.
Os dados fornecidos por Lula no seu discurso (ver neste blog Dados sobre o Brasil governado pelo Lula e Política econômica igual?) permitem medir os progressos obtidos nesta direção. Eles indicam também o quanto este caminho é difícil e o enorme espaço que ainda falta percorrer. Espaço de reformas, de correções e de melhoras substanciais em todos os âmbitos da ação governamental: desde a questão tributária a reforma agrária, passando pelos investimentos em infraestrutura e a qualidade na educação. Mas o caminho está traçado e seus objetivos foram delineados pelo presidente Lula.
Neste programa é que se inscreve a construção da candidatura à presidente em 2010 no campo das forças agrupadas junto ao governo, cuja coesão estará diretamente determinada pelos resultados obtidos nas eleições municipais de 2008, para as quais um esforço de unidade sem imposição de hegemonias se faz necessário. O PT não pode impor, mas não deve aceitar ultimatos, depois de tudo é, junto com o PMDB, um dos pilares principais e sine qua non desta coligação.
Tudo isto esteve presente no discurso de Lula, mais só este ultimo aspecto e o processo aberto pelo STF que o presidente também abordou, foram retidos como importantes pelos principais jornais.
Os petistas deveriam se debruçar, ao contrário, sobre essas questões de programa e propostas se quiserem despontar com chances na construção de um candidato em 2010. Fazer como outros, disputando nomes em lugar de idéias, além de empobrecer o debate democrático reforçará os que na oposição procuram substituir a ausência de propostas e programas, com a criminalização do debate público.
Luis Favre
O presidente Lula, no seu discurso ao 3º Congresso do PT, procurou inscrever o conjunto da política do governo na perspectiva traçada durante anos pelo PT: a de promover uma transição entre o modelo neoliberal herdado dos governos dos Fernandos (Collor e Henrique Cardoso), para um projeto nacional de desenvolvimento sustentado na redução das desigualdades sociais.
Seu discurso permitiu aos delegados perceber que além dos resultados obtidos em matéria de política econômica e inclusão social, um modelo de reconstrução da capacidade de ação do Estado brasileiro está em curso como indutor do crescimento econômico. Ele tem como pivô o mercado interno de consumo de massas, o deslanche das exportações para mercados diversificados e um ciclo de oportunidades produtivas para o capital privado nacional e internacional. Passo a passo este modelo esta sendo construído no país, acompanhado da ação redistributiva do Estado.
Os dados fornecidos por Lula no seu discurso (ver neste blog Dados sobre o Brasil governado pelo Lula e Política econômica igual?) permitem medir os progressos obtidos nesta direção. Eles indicam também o quanto este caminho é difícil e o enorme espaço que ainda falta percorrer. Espaço de reformas, de correções e de melhoras substanciais em todos os âmbitos da ação governamental: desde a questão tributária a reforma agrária, passando pelos investimentos em infraestrutura e a qualidade na educação. Mas o caminho está traçado e seus objetivos foram delineados pelo presidente Lula.
Neste programa é que se inscreve a construção da candidatura à presidente em 2010 no campo das forças agrupadas junto ao governo, cuja coesão estará diretamente determinada pelos resultados obtidos nas eleições municipais de 2008, para as quais um esforço de unidade sem imposição de hegemonias se faz necessário. O PT não pode impor, mas não deve aceitar ultimatos, depois de tudo é, junto com o PMDB, um dos pilares principais e sine qua non desta coligação.
Tudo isto esteve presente no discurso de Lula, mais só este ultimo aspecto e o processo aberto pelo STF que o presidente também abordou, foram retidos como importantes pelos principais jornais.
Os petistas deveriam se debruçar, ao contrário, sobre essas questões de programa e propostas se quiserem despontar com chances na construção de um candidato em 2010. Fazer como outros, disputando nomes em lugar de idéias, além de empobrecer o debate democrático reforçará os que na oposição procuram substituir a ausência de propostas e programas, com a criminalização do debate público.
Luis Favre
Nenhum comentário:
Postar um comentário