terça-feira, 11 de setembro de 2007

Crescimento forte do PIB

Quarta-feira o IBGE deve anunciar o resultado do PIB do segundo trimestre 2007. Todas as atenções estarão voltadas para o desfecho do caso Renan, pouco caso acabarão tendo estes resultados.

Porem, ao que tudo indica, eles vão mostrar um crescimento pujante da riqueza nacional. isto significa maior produção, mais investimentos, maior comercio e crescimento do emprego e da renda. Uma vida melhor para milhões de pessoas.

Segundo o jornal Correio Braziliense "Ao anunciar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, o órgão, vinculado ao Ministério do Planejamento, mostrará a economia brasileira crescendo a um ritmo entre 5% e 6%, puxada, sobretudo, pelo forte consumo das famílias e pelo aumento dos investimentos produtivos.

Nas contas dos especialistas ouvidos pelo Correio, o PIB do segundo trimestre registrou incremento entre 1,2% e 1,5%, quando comparado aos três meses imediatamente anteriores. Em relação a abril e junho de 2006, as estimativas vão de 5% a 5,9%. “Não há como negar. A economia está forte, refletindo a queda dos juros, a elevação da renda e do emprego e a maior oferta de crédito”, disse o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal. “No ritmo em que o PIB avançou no segundo trimestre, é possível dizer que, nos últimos seis meses do ano, o crescimento da economia será bastante elevado, com reflexos muito positivos em 2008”, acrescentou o chefe do Departamento de Pesquisas para a América Latina do Banco WestLB, Ricardo Amorim.

Se os economistas estiverem certos, o consumo das famílias teve o 15º trimestre consecutivo de alta, o mais longo ciclo de expansão desse indicador, que representa 60% do cálculo do PIB. As apostas são de que o aumento, na comparação do segundo trimestre com igual período de 2006, seja superior a 6%. A maior disposição dos brasileiros para gastar decorre, segundo Flávio Serrano, economista-chefe da Corretora López Leon, da combinação de fatores que há tempos não se via no país: inflação sob controle, juros em baixa, crédito farto, aumentos reais dos salários e formalização recorde da mão-de-obra. As regiões mais pobres do país ainda estão sendo beneficiadas pelo Bolsa Família, que empurra milhões de pessoas para o consumo.

Investimentos e juros
A melhor notícia do crescimento econômico, destacou Zeina Latif, economista-chefe do Banco Real ABN Amro, é que o incremento do consumo está sendo acompanhado pela ampliação dos investimentos. Isso significa dizer que não há riscos de, no futuro, faltar mercadorias para atender à demanda interna, o que pressionaria a inflação. Na média, os analistas acreditam que os investimentos, ou a chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF), fecharam junho com elevação superior a 10%. “Isso dá um alívio danado. Mas é preciso que esses investimentos continuem crescendo de forma robusta para dar o conforto que o Banco Central precisa para manter a inflação sob controle”, afirmou.

Segundo Luís Otávio Leal, do ABC Brasil, nos últimos meses, além do aumento dos investimentos, o BC teve a seu favor, para continuar cortando a taxa básica de juros, o incremento das importações, facilitadas pelo dólar barato. “As importações supriram boa parte do consumo. Mas, com a crise internacional e o dólar mais próximo de R$ 2, os investimentos passam a ser mais importantes para que o BC se sinta estimulado a promover mais corte nos juros”, acrescentou.

Independentemente dos rumos da Selic, os especialistas são unânimes em afirmar que o resultado final do PIB deste ano será muito bom. “Eu já revisei minha projeção de 4,7% para 5%”, afirmou Leal. Octávio de Barros, economista-chefe do Bradesco, trabalha com um aumento de 5,2%. Flávio Serrano, da López Leon, disse que só está esperando os dados que o IBGE divulgará amanhã para mudar a estimativa de 4,5%. Para Ricardo Amorim, mesmo com os bons números da economia, é importante ressaltar que o ritmo de crescimento do PIB brasileiro continua bastante aquém da expansão dos países emergentes, com altas anuais acima de 7%. "

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