terça-feira, 3 de julho de 2007

Têxteis e confecções: as versões e os fatos

*Fernando Valente Pimentel

Inicio este artigo com uma assertiva que reflete um fato real: a cadeia produtiva brasileira de têxteis e confeccionados é competitiva e portadora de futuro. A despeito de todas as dificuldades que têm sido impostas aos setores produtivos intensivos em mão-de-obra e insumos nacionais, como é a indústria têxtil e de confecções, esta tem sido capaz de superar os desafios que lhe são colocados mesmo diante de um cenário de profundo desequilíbrio concorrencial com seus competidores mundiais. Nos últimos dois anos a indústria tem suportado tempos difíceis, face ao baixo crescimento da economia e a forte apreciação cambial, fruto, em grande parte, da prática continuada das mais altas taxas de juros no mundo. Enquanto isto, os principais concorrentes mundiais têm mantido suas moedas depreciadas ao mesmo tempo em que concedem vantagens aos seus produtores e têm uma visão estratégica do setor têxtil e de confecções para seu desenvolvimento e geração de emprego e renda. O setor têxtil não é órfão do câmbio ou da abertura. É, sim, pai do emprego , da produção e tem a competição intensa no seu DNA. O setor não demanda favores, mas sim, e fundamentalmente, isonomia competitiva, legalidade no comércio e a realização de acordos de acesso aos principais mercados consumidores mundiais. Hoje, os têxteis e confeccionados brasileiros não têm as vantagens macroeconômicas dos países asiáticos e nem o acesso preferencial aos grandes mercados, como têm países que concorrem com eles na América Latina e também na Europa. Listo, abaixo, informações importantes para elucidar o leitor quanto a realidade do Setor Têxtil e de Confecção no Brasil. Leia mais no jornal Valor (para assinantes)

*Fernando Valente Pimentel é diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).

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