Overbooking - Tráfego aéreo: a lição que a Europa oferece
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Uma nova instituição na Europa mostra o que se deve fazer para se antecipar ao crescimento do tráfego aéreo sem sacrificar os passageiros. A União Européia, através da Eurocontrol, criou uma unidade chamada Central Flow Management, cuja única finalidade será analisar e modificar o que for necessário nas malhas aéreas do bloco e do Atlântico para adequá-la à demanda da próxima década.
A unidade também é mais um passo no programa Single European Sky, que seria a reunião de todos os centros de controle de tráfego aéreo sob o comando da União Européia. Há grande resistência de vários países em entregar o controle dos respectivos espaços aéreos a uma organização que será formada por todos os integrantes do bloco - a percepção é estratégica, mas perde sustentação diante das necessidades comerciais.
Com um crescimento anual de 5%, os atuais 33 mil vôos sobre a Europa em cada dia poderão ser o dobro em 2020 segundo as previsões. Tal crescimento colocará enorme pressão sobre os sistemas de monitoramento e esta resultará em um aumento brutal no índice de atrasos, já que as regras de segurança, mais rígidas desde o choque de dois jatos sobre a Suíça, há alguns anos, revelou falhas de operação sérias.
O modelo pretendido na UE é parecido com o que está em estudos nos EUA, chamado Next Generation Air Transportation System, com o qual a Federal Aviation Administration (FAA) espera acompanhar o crescimento da demanda na mesma proporção. Os europeus estão mais atrás no desenvolvimento, mas criação da unidade deve acelerar esse estudo de compatibilidade EUA - Europa.
A nova unidade recebeu três enormes telões computadorizados através dos quais monitora as condições climáticas em todo o continente, o tráfego aéreo sobre o Atlântico Norte, incluindo aí cada avião, e a rota aprovada para cada vôo autorizado sobre o bloco. Com a conjugação das três telas permite aos operadores identificar potenciais gargalos rapidamente, reordenando rotas ou mantendo alguns jatos mais tempo em solo para dissipar as concentrações. Esse movimento, vale destacar, precisa ser realizado com muita precisão, já que o espaço aéreo europeu é muito mais saturado que o americano. Essa necessidade é que dobrou as resistências, enormes desde o surgimento da idéia de unificação, em 1960.
Um comentário:
Tantas asneiras juntas....
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