Criação de empregos formal bate recorde histórico
Geralda Doca - O GloboO Globo Online
BRASÍLIA - O mercado de trabalho formal registrou em outubro um saldo de 205.260 empregos com carteira assinada, o melhor resultado para o mês da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, iniciada em 1992.
Segundo o Caged, nos dez primeiros meses do ano o saldo (diferença entre o número de contratações e de demissões) de empregos formais já chega a 1.812.252, superando o recorde de 2004, melhor ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foram criados 1.523.276 postos.
" Outubro teve a maior geração de empregos da história e pela primeira vez ultrapassamos o recorde de 2004 "
- Outubro teve a maior geração de empregos da história e pela primeira vez ultrapassamos o recorde de 2004 - disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Lupi acredita que o saldo de empregos formais em outubro será de 100 mil, acima dos 79 mil de 2004. Apesar do resultado negativo esperado em dezembro, o ministro prevê menos demissões do que o normal para o mês (quando terminam as contratações temporárias) e prevê que o ano será do governo Lula.
Todas as áreas econômicas apresentaram crescimento e os setores que mais se destacaram foram serviços (565.476 postos), indústria de transformação (540.052) e comércio (275.285 empregos). Em seguida aparecem a construção Civil (194.825) - novo recorde para o setor - e a agricultura (185.849), cujo total de empregados com carteira assinada cresceu 12,90% desde o início do ano.
No mês de outubro, especificamente, o setor de serviços com o acréscimo de 67.751 postos de trabalho, liderou a geração de empregos. Em seguida vieram comércio (63.773), indústria de transformação (60.034) e construção civil (21.685) - todos resultados recordes para o mês de outubro.
Os segmentos do setor de serviços que mais contribuíram para o saldo positivo foram as atividades de administração de imóveis e serviços técnicos profissionais e os serviços de alojamento, alimentação e reeparação.
Na índústria, os ramos que mais se destacaram no mês foram: têxtil, metalúrgica e a indústria de alimentos e calçados.
Dentre os 26 subsetores de atividade econômica, somente a Agricultura, por motivos sazonais, relacionados à entressafra do Centro-Sul, apresentou redução no emprego (-11.405 postos) - a menor queda desde 1999.
Sudeste lideraO crescimento do emprego formal em outubro foi observado em todas as regiões do país. O Sudeste lidera com 103.534 postos, seguido pelo Sul (49.676), Nordeste (33.760), Norte (9.159 postos) e Centro-Oeste (9.131).
De todas as unidades da Federação, São Paulo (73.118 vagas), Rio Grande do Sul (20.118), Santa Catarina (16.470) e Rio de Janeiro (+16.455) foram os estados com maior saldo. Apenas o estado do Acre registrou retração no número de vagas celetistas, fechando o mês com declínio de 229 postos, resultado que se deve principalmente ao desempenho desfavorável dos ramos da indústria de alimentos que fechou 208 vagas.
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