Cresce o turismo e Brasil é confirmado para o Conselho Executivo da OMT
O crescimento do turismo e do emprego e renda gerados pela indústria turística (no Brasil de 33% segundo a OMT citada pela Folha Online)) esteve no centro do congresso da Organização Mundial do Turismo (OMT). O Brasil foi eleito membro da executiva deste importante organismo.
Brasília (26/11) – O Brasil foi eleito, ao lado do México e de El Salvador, para o Conselho Executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT), durante a Assembléia-Geral da 47ª Reunião da Comissão da OMT para as Américas, em Cartagena de Índias, na Colômbia – encontro presidido pela ministra do Turismo, Marta Suplicy. Como era o último ano do Brasil na presidência das Américas, houve escolha também de seu sucessor: a Colômbia.
O Brasil foi eleito para o mandato 2007-2011. México e El Salvador vão compartilhar a representação. Entre 2007 e 2009 assume o México. Entre 2009 e 2011 responde El Salvador pelo mandato no Conselho. A renovação no Conselho, neste ano, se deu em razão dos términos de mandato do Canadá e Peru. O anúncio oficial dos países eleitos para o Conselho Executivo será amanhã (27), durante a XVII Reunião Ministerial da Assembléia-Geral.
Este encontro da Assembléia-Geral discute também temas importantes para o setor, tais como Turismo e Mudanças Climáticas; Política de Qualidade dos Destinos e o Estabelecimento do Centro Mundial de Excelência dos Destinos em Montreal.
A ministra Marta Suplicy reafirmou na reunião da Comissão das Américas posição que havia apresentado em Londres, durante debate da OMT, sobre mudanças climáticas e turismo. Segundo explicou, a questão do aquecimento global é uma preocupação de todos os governos e têm profundo impacto para a atividade turística. Para a ministra “países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil, vão continuar a dar importantes contribuições voluntárias aos esforços globais para a redução das emissões de gases do efeito estufa”.
Marta observou, porém, que o Brasil leva em conta o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Os países em desenvolvimento não podem ser tratados da mesma maneira que os países desenvolvidos, que acumularam riquezas à custa de um grande passivo ambiental para todo planeta. “O compromisso em relação à preservação do meio ambiente não pode ser colocado em contraposição à luta contra a pobreza e a exclusão social. O turismo é um importante instrumento para o progresso de países em desenvolvimento, que vão continuar trabalhando para atrair turistas de todo o mundo”, afirmou Marta Suplicy.
A posição brasileira recebeu forte apoio dos demais países na reunião da Comissão para as Américas. Está sendo preparado um documento para, em nome dos componentes da comissão ser apresentada à Assembléia-Geral da OMT, como uma posição coletiva. Em encontro com a ministra Marta Suplicy, a ministra de Turismo da Índia, Renuka Chowdhuri, reforçou que os dois países compartilham a mesma posição em relação às questões das mudanças climáticas e suas influências no turismo.
Uma boa notícia foi dada pela ministra do Equador, Maria Izabel Salvador Crespo, à ministra Marta Suplicy. Uma linha aérea equatoriana vai operar a ligação Quito/Manaus, a partir do ano que vem. O Equador é hoje o único país da América do Sul sem vôos diretos para o Brasil.
Sobre a OMT – A Organização Mundial do Turismo é a agência especializada das Nações Unidas para o Turismo. O Conselho-Executivo da Organização é o órgão responsável pela tomada de decisões para a implementação de suas próprias resoluções e recomendações da Assembléia-Geral, órgão supremo da organização. Ligadas ao Conselho, estão as comissões regionais, que neste encontro também vão eleger seus próximos presidentes e vice-presidentes para exercer mandato de dois anos. A Assembléia-Geral reúne-se a cada dois anos com o objetivo de analisar e informar sobre as ações realizadas pela OMT. Os integrantes também se encontram para eleger representantes do Conselho Executivo e para aprovar o programa de trabalho e o orçamento da organização. Fonte portal do Ministério do Turismo
Turismo continua em alta mas está sensível a crises, afirma a OMT
da Efe, em Cartagena
O negócio do turismo no mundo é um dos que apresentam maior crescimento e um futuro promissor, mas por suas características é também um dos mais sensíveis a movimentos políticos, crise econômicas e desastres humanos e naturais. É o que informa um relatório da OMT (Organização Mundial de Turismo) divulgado nesta quarta-feira.
A OMT está realizando a sua assembléia geral na cidade colombiana de Cartagena. O seu relatório de conjuntura até agosto apontou que os resultados preliminares de 2007 "confirmam a resistência da demanda contra os fatores externos".
Os problemas incluem "desde turbulências nos mercados financeiros até segurança e saúde, passando pela alta dos preços do petróleo e o aumento dos impostos sobre o transporte aéreo, os riscos inflacionários e a alta das taxas de juros".
Além disso, o órgão alertou que "esses fatores começam a afetar a confiança dos consumidores em alguns mercados, o que poderia se estender e afetar, em algum momento, a demanda global de viagens internacionais".
Estatísticas
O número de chegadas de pessoas em viagens internacionais, segundo o documento, cresceu entre janeiro e agosto deste ano 5,6%. Foram 32 milhões a mais que no mesmo período do ano anterior.
Nos primeiros oito meses de 2007 houve 610 milhões de chegadas internacionais, nove por cada 100 habitantes do planeta. Até dezembro, segundo a OMT, o número deve ficar entre 880 e 900 milhões. Seria o quarto ano de crescimento sobre a média dos últimos anos, de 4,1%.
O crescimento na Europa foi de 4%, um ponto percentual abaixo da média do ano passado. Nas Américas, também com 4%, a taxa foi o dobro da registrada em 2006, segundo o relatório publicado pela OMT.
O relatório de conjuntura destaca os números da despesa turística, que continuam aumentando. No Brasil, o crescimento foi de 33%, e na Argentina, 24%. Em seguida vieram Coréia (18%) e Rússia (16%).
O relatório da OMT afirma que os destinos emergentes da Ásia e Pacífico, África e o Oriente Médio foram os principais motores do crescimento neste ano.
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