quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Copa do mundo: Brasil já pensa em como equipar cidades candidatas

Cristina Massari, do Globo Online

A ministra Marta Suplicy, o ex-jogador Carlos Alberto Torres e Jeanine Pires, presidente da Embratur, no estúdio da rádio Talk Sport, em Londres, falam da Copa de 2014 no Brasil  / Foto: Divulgação

RIO - A Copa do Mundo de 2014 foi um dos principais assuntos em torno da participação do Brasil na World Travel Market, que acontece em Londres até quinta-feira (15). Para falar de futebol para os ingleses, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, levou Carlos Alberto Torres, capitão da seleção tricampeã de 1970 à rádio Talk Sport Radio e ao estande da Embratur no pavilhão de exposições da feira. A ministra contou com exclusividade ao Globo Online como o turismo brasileiro já está se preparando para a Copa de 2014, mas com o olho também nas Olimpíadas de 2016.

- Tínhamos encomendado à Fundação Getulio Vargas um estudo de competitividade para os 65 destinos turísticos prioritários para os investimentos. Aproveitamos então e pedimos que os trabalhos em torno das 18 cidades que concorrem à sede do campeonato de futebol sejam priorizadas e que já se tenha uma avaliação de sua competitividade em fevereiro - conta.

Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife/Olinda, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo são candidatos a sediar os jogos da Copa do Mundo de Futebol ( vote nas cidades de sua preferência). A escolha da Fifa só será anunciada em junho de 2008. Todas estas cidades terão sua competitividade turística avaliada pela FGV, no estudo que está sendo conduzido pela FGV através de um convênio firmado com o Ministério do Turismo.

- A avaliação que vamos fazer não será falando de futebol. Mas se a infra-estrutura turística é sustentável, sob diversos aspectos, incluindo o meio-ambiente. Depois vamos aprofundar para o futebol. Sabemos que o resultado desta seleção só sai em 2008, mas temos que ir nos preparando. A capital de Goiás, por exemplo, Goiânia, tem um hotel cinco estrelas. Como vai receber uma Copa do Mundo? É preciso fazer um estudo de viabilidade de hotéis. Temos que pensar na qualificação dos jovens. Tudo isso tem que ser planejado e pensado.

Questionada, a ministra opinou que a prioridade para os investimentos em infra-estrutura no país visando a Copa do Mundo deve se voltar para a infra-estrutura de transportes.

- A reforma dos portos, aeroportos e rodovias federais é o item mais prioritário para a Copa do Mundo. E já estão recebendo investimentos, só que são obras que não ficam prontas em um ano, mas estamos prevendo que para 2014 estejam.

Mirando nas Olímpiadas de 2016

De olho ainda na escolha da sede das Olimpíadas de 2016, Marta aposta no andamento dos preparativos para a Copa para que o Brasil, que inscreveu a candidatura do Rio de Janeiro, seja mais uma vez escolhido:

- A seleção para as Olimpíadas será em 2009, temos que ter passos bastante sérios tomados para pleitear 2016. Se pudermos mostrar serviço antes, será melhor.

Nesta disputa, o Rio concorre com Chicago (EUA), nas Américas; Doha (Qatar) e Tóquio (Japão), pela Ásia; e Baku (Azerbaijão), Madri (Espanha) e Praga (República Tcheca), pelo continente europeu. A escolha da cidade que organizar os Jogos Olímpicos e 2016 será anunciada em Copenhague, na Dinamarca, em 2 de outubro de 2009, durante uma reunião do comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional.

Marta Suplicy ressaltou ainda que a Copa do Mundo deverá trazer mais benefícios que as Olimpíadas para o país:

- Especialistas já afirmaram que uma Copa do Mundo traz mais dividendos que uma Olimpíada. Para o Brasil, serão várias cidades-sede, o que vai permitir ao brasileiro se apropriar como nunca do Brasil e o estrangeiro terá uma visão ampla deste país. Para nós será uma promoção maravilhosa. Para o turismo, é um salto de 50 anos, superacelerado, que se dá, com investimentos maciços em transportes etc.

Um comentário:

Sylvia disse...

Onde Marta chega, ela arraza, that's it. Nada a declarar, Marta é demais.