Brasil deve criar 1,5 milhão de empregos
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Em 2007, o Brasil deve criar 1,451 milhão de empregos formais. Esse número representa um crescimento de 18,06% sobre o ano passado, que teve 1,229 milhão de novas vagas formais, e de 15,71% sobre 2005, quando foi gerado 1,254 milhão de postos. As projeções são da consultoria LCA.
A LCA também estima que a evolução da ocupação (formal e informal) em 2007 deva ser mantida em 3,1%. O percentual é baseado em pesquisas domiciliares junto ao crescimento do emprego industrial -de remuneração mais alta do que a média global. A consultoria reviu para cima a evolução do rendimento médio real do trabalho, principalmente no curto prazo, de 2,29% para 2,53%.
Já a alta esperada para a massa real de rendimentos do trabalho, em 2007, passou de 5,47% para 5,71%, contra 5,13% em 2006. A projeção para o crescimento da massa total de rendimentos (que abrange, além da renda do trabalho, benefícios previdenciários) passou de 5,24% para 5,43%.
As projeções foram baseadas em três fontes: a pesquisa mensal do emprego do IBGE, que trata das principais regiões metropolitanas do país, a pesquisa de emprego e desemprego do Dieese e o Caged.
"A palavra-chave é confiança", diz Fabio Romão, da LCA. "A economia está em ritmo mais acelerado desde 2004, e isso se reflete no aumento da participação da carteira. Até o desalento diminuiu. As pessoas estão procurando mais emprego", afirma.
Segundo o relatório da LCA, o desalento diminuiu porque, há mais de dois anos, o crescimento do pessoal ocupado com carteira assinada ficou acima dos sem-carteira. Há uma melhor percepção das condições de empregabilidade, e, portanto, menos pessoas têm desistido de procurar uma ocupação.
Os motivos desze aumento da carteira assinada seriam tanto a aceleração do mercado quanto o aumento das ações fiscalizatórias do Ministério do Trabalho. A criação de empregos formais não vinculada a essas ações está efetivamente crescendo nos meses iniciais de 2007, segundo a LCA.
O maior destaque positivo na geração líquida de postos formais, em maio, vai para o setor agropecuário, com 80,3 mil novas vagas. Em 2006, foram registrados 58,2 mil. Sudeste e Nordeste tiveram a maior alta.
A construção civil foi o setor mais decepcionante, com desempenho de 13,7 mil novos empregos em maio. Leia a coluna de Guilherme de Barros no jornal Folha de São Paulo (para assinantes)
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