sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Sarkozy, "um homem que não ama ninguém"

Três notas do Blog À Francesa de Mário Camera

Três livros foram lançados hoje. Em todos eles a estrela principal é Cécilia, ex-mulher do presidente Nicolas Sarkozy.

Desde que largou Sarko pela segunda e última vez, em outubro do ano passado, Cécilia se manteve discreta e longe dos holofotes, ao contrário de seu ex-marido, que não perde uma oportunidade de aparecer. Mesmo assim, a ex-primeira dama não conseguiu impedir a saída das publicações que trazem diversas histórias da época em que ainda dividia a cama com Nicolas.

Abaixo, seguem algumas das declarações de Cécilia pescadas no site da revista Nouvel Observateur e publicadas em Cécilia: Portrait (Cécilia: Retrato).

Em "Cécilia. Portrait" (edições Flammarion, 175 páginas, 16 euros), a jornalista Anna Bitton transcreve (...) as confissões feitas a ela por Cécilia Sarkozy sobre seu ex-marido. Uma obra que a ex-First Lady tentou, sem sucesso, impedir de ser publicada

Agora que ele não tem mais uma First Lady, ele precisa sair com meninas bonitas nos braços, vestidas de Dior.

Eu não o amo mais. Quando eu o vejo hoje em dia, eu até me pergunto como pude...

Que tipo de amor eu tinha por ele? Eu não sabia o que queria dizer amor.

Meu filho não será como os de Nicolas, que usam sapatos de dois mil euros

Durante toda a minha vida com Nicolas, durante os 18 anos em que passei ao seu lado, nunca ele sentou à mesa para comer conosco. Eu comia com as crianças e ele comia com uma bandeja, trabalhando.

Um homem que não ama ninguém, nem mesmo seus filhos.

Richard (Attias, publicitário com quem Cecília teve um caso após largar Sarkozy pela primeira vez) é a pessoa que eu mais amei em toda a minha vida. Eu acho que nunca tinha amado antes dele.

Nesse partido (UMP, o partido de Sarkozy) só existem homossexuais e machistas. Eu não agüento nem homossexuais nem machistas”



Enviado por Mário Camera -
11/1/2008

Paris é alvo de ameaças terroristas

Uma conversa interceptada ontem por controladores da aviação civil portuguesa colocou em alerta as autoridades da França. No diálogo, “vago e confuso”, segundo os serviços de segurança franceses, duas pessoas falam em “atacar a Torre Eiffel”.

Segundo o jornal Le Monde, esta nova ameaça aparece após outras interceptadas nos últimos dias.

Em três de janeiro, uma mensagem de grupos islâmicos convoca os “irmãos a atacar Paris (...) para colocar fim às ambições do presidente Nicolas Sarkozy no Magrebe”.

No último dia cinco, os serviços de segurança dos Estados Unidos interceptaram uma mensagem divulgada na Internet. O texto falava sobre um ataque "contra Paris e seu prefeito, Bertrand Delanoe”, com o objetivo de “derrubar Nicolas Sarkozy”.

Mas apesar das ameaças de ataques, a segurança na capital não será reforçada. “Nós já estamos em alerta vermelho, o nível mais alto antes do alerta escarlate, que só pode ser colocado em prática quando acontecem ataques terroristas”, garantiu uma fonte das forças de segurança francesas citada pelo Le Monde.



Enviado por Mário Camera -
6/1/2008

Azar no jogo, sorte no amor

Pela primeira vez desde que assumiu a presidência, em maio passado, a maioria do povo francês disse não confiar em Nicolas Sarkozy.

Pesquisa do instituto CSA para o jornal Le Parisien e a emissora i-Télé mostra que a confiança no presidente em janeiro é de 48%, uma queda de sete pontos em relação a dezembro. Para especialistas, a visita do ditador Mouammar Kadhafi, a exposição de sua vida privada e o medo da perda de poder aquisitivo seriam os motivos do mal resultado.

Mas Sarko, que não é bobo nem nada, já contra-atacou. Usando de sua arma mais poderosa, o presidente voltou a misturar vida privada e pública com a ajuda de seus amigos na imprensa. A jogada de marketing foi lançada hoje. Segundo o Journal du Dimanche, a França terá primeira-dama já no mês que vem.

O casório entre a cantora Carla Bruni e Nicolas Sarkozy pode estar próximo, já que o dominical afirma que a bela deve levar escova de dente e pijama para o Palácio do Elysée no início de fevereiro, e não pega bem para um presidente viver em concubinato durante o exercício do cargo.

Upa cavalinho!/EFE

Mais uma vez, Sarkozy desvia a atenção dos problemas da Republique expondo sua vida privada. O presidente disse que vai dar uma entrevista coletiva na terça. Com certeza será perguntado sobre o casamento com Bruni. Se seguir o roteiro das outras coletivas, responderá, de maneira grosseira, que não fala de sua vida particular a meios de comunicação.

Enquanto terça não vem, Sarko pode continuar brincando de cavalinho com o filho da cantadora e fingir que não gosta de aparecer. No jogo da presidência, quem faz as regras é o próprio Sarkozy.

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