Para IBGE, repique da inflação não deve se generalizar pelos setores da economia
Valor Online
RIO - Com elevação acumulada de 4,18% em 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se aproxima do centro da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional para 2007. Para os responsáveis pelo cálculo do indicador, porém, o ganho de força da inflação em agosto ainda não mostra risco de uma alta generalizada de preços para diferentes setores da economia.
Eulina Nunes, coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não acredita em risco de que a tendência de alta de preços se espalhe, o que poderia tornar mais conservador o comportamento do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que ontem decidiu, por unanimidade, reduzir em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, para 11,25% ao ano.
Este ano, tanto em setembro quanto em outubro, haverá o benefício de taxas menores, até negativas, no caso do telefone fixo, tendo em vista a conversão de pulso para minutos. Por outro lado, há a incógnita dos alimentos, que podem continuar a crescer. Mas olhando no geral, podemos dizer que essa inflação é muito concentrada nos alimentos, afirmou Eulina. Em outros itens, o que se observa é até uma certa ajuda no sentido de conter a inflação, como no caso dos preços administrados, que em outros anos pressionavam a inflação e este ano tendem a beneficiar.
(Rafael Rosas | Valor Online)
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