Gate 6 - Pista curta em Congonhas
Marcelo Ambrosio, do blog do JB SLOT
Gostei da decisão de reduzir o tamanho operacional da pista principal de Congonhas para 1.640 metros, instituindo áreas de escape nas cabeceiras de 150 metros de cada lado. O principal ponto na medida é que ela torna tecnicamente inviáveis os pousos de aeronaves com a configuração de assentos como as que vinham sendo usadas nos A320 da TAM e nos 737-800 da Gol. Assim, tem jeito de algo definitivo, não um paliativo de ocasião.
A informação é a de que as companhias aceitaram a medida. Não acredito que tenham de redefinir as frotas, como comentou o ministro Jobim, mas as configurações. O A320 poderá pousar, mas ou terá bem menos poltronas a bordo, ou voará com restrição de peso, como havia durante a obra de grooving na pista principal. A TAM informou que a alteração afeta apenas 15% da frota de A320, e sobretudo em dias de chuva. Os A319, um pouco menores, não têm problemas. A Gol também terá facilidade de adaptação.
O que vai doer fundo nas empresas é a constatação de que o HUB doméstico que haviam criado, com essa redução, fica definitivamente enterrado. Há quato meses, tal iniciativa teria sido impossível de ser posta em prática. Mesmo sendo racional e lógica, esbarrava na subserviência criminosa da Anac e na força do lobby das companhias, insensíveis a qualquer apelo pela redução de capacidade transportada - que implica em uma maior necessidade de aeronaves.
Quem vai aproveitar bem é a Varig, cuja frota é formada, em sua maioria, por 737s de configuração antiga, com 130 passageiros no máximo - se não estou enganado. A Bra também pode se beneficiar, tanto quanto a Ocean Air, que tem frota de Fokker-100, teoricamente com menos necessidade de pista.
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