terça-feira, 10 de julho de 2007

Fome Zero é exemplo para FAO

A América do Sul e o Caribe tiveram avanços siginificativos no combate à fome, mas os demais países da América Central ficaram para trás na mesma luta, segundo o chefe da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).

O diretor-geral da organização, Jacques Diouf, disse em uma conferência sobre comida de segurança alimentar em Fortaleza, no Ceará, que o número de pessoas passando fome na região caiu de 59 milhões no começo da década de 90 para 52 milhões no período entre 2001 e 2003.

No entanto, Diouf salientou que a queda foi restrita à América do Sul e ao Caribe. Na América Central, a evolução do problema não foi tão positive, tanto no número de vítimas da fome ou da desnutrição quanto na proporção dessas vítimas com a população.

O diretor-geral fez um apelo aos países centro-americanos para que se mirem em exemplos como o Fome Zero, lançado no Brasil em 2003. Nicarágua e Colômbia já têm projetos semelhantes para erradicar a fome.

"A FAO aprendeu lições muito importantes desta experiência no Brasil. Essas lições podem ser aplicadas em outros países comprometidos com a erradicação da fome", disse Diouf. Ele lembrou que qualquer programa para melhorar a segurança alimentar da população deve levar em conta fatores como a urbanização rápida de uma boa parte dos países em desenvolvimento.

Acesso insuficiente à terra e à água, pouco crédito disponível para a população rural e o impacto das mudanças climáticas na agricultura também estão afetando a capacidade de nações mais pobres no combate à fome, completou o diretor da FAO.

Terra Magazine

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