sábado, 15 de dezembro de 2007

CPMF: esperar 2008

É hora de fazer política e alianças

Blog de Dirceu



Tem integrante do governo que não defendeu a CPMF, que tem ficado quieto quando o governo enfrenta a oposição, que tem inclusive ido a TV para discordar do governo no ônus e agora fica atacando a oposição gratuitamente e outros dando palpites de como e onde cortar. Bobagens.

O governo sabe que não pode e não deve reagir a curto prazo. Tem reservas e margem de manobra para esperar 2008. O país está bem, crescendo, com credibilidade, com reservas, com superávit nas contas externas, a dívida interna está bem administrada, a inflação sob controle, o PIB trimestral crescendo a 6%, consumo e investimento crescendo. E o mais importante, o governo tem apoio do povo.

É preciso avaliar o que temos de excesso de arrecadação, como financiar a saúde, parar as desonerações e assumir que a carga tributária do país caiu de uma só vez em quase 2%, ainda que os sonegadores foram beneficiados. Mas a Receita tem leis e instrumentos para continuar fiscalizando e o importante é manter os investimentos do PAC e do PDE. O superávit sempre é maior que os 3,8% e não será nenhum Deus nos acuda se diminuir 0,50%.

Quem sabe a extinção da CPMF não foi um mal feito para o bem, já que agora a oposição está condenada a fazer a reforma tributária e esta deveria ser a agenda para os próximos dois anos, ao lado da reforma política.

Qualquer que seja o resultado, duvido que a oposição tenha ganhos eleitorais com o comportamento que assumiu de não negociar com o governo, não aceitar nem a proposta final do Presidente de fim da CPMF em 2009 e destinação de todos os recursos arrecadados ate lá para a Saúde. Mesmo com certa mídia tentando desqualificar e dando publicidade às declarações mentirosas da oposição afirmando que o Presidente não propôs nada.

A verdade é que o governo cedeu em tudo, atendeu a todas as demandas da oposição, que extinguiu a CPMF por pura sabotagem. Esse é o nome. Um gesto contra o Brasil e seu povo. A saúde que se dane. Foi por isso que os governadores ficaram contra a bancada e queriam fazer um acordo.

Agora é hora de fazê-lo em torno da saúde e se preparar para buscar recursos para continuar investindo e muito, sem perder de vista as concessões e parcerias fundamentais na área da infra-estrutura.

Não tem saída. É fazer política e buscar alianças para aprovar um novo plano de investimentos ate 2011.

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