quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Argentina: Cristina Kirchner venceria no primeiro turno


Primeira-dama teria quase 46% dos votos, segundo nova pesquisa

O Globo

BUENOS AIRES. A primeira-dama e candidata à Presidência da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, ganharia a eleição do próximo dia 28 já no primeiro turno, segundo uma pesquisa de opinião divulgada ontem.
Duas mulheres seriam as mais votadas: a senadora obteria 45,7% dos votos, contra 14,6% da candidata de centro-esquerda Elisa Carrió.

Já o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna obteria 10,2%, segundo a pesquisa da empresa Ceop, publicada pelo jornal “BAE”.
O estudo mantém a tendência de outros divulgados em setembro, que também dão a vitória a Cristina no primeiro turno. A nova pesquisa tem margem de erro de 1,84%. Os indecisos representam 12,4% dos eleitores, um índice que segundo a Ceop não é suficiente para alterar a tendência geral.

A lei argentina prevê que um candidato que obtenha mais de 45% no primeiro turno será o vencedor. Se tiver entre 40% e 45%, com uma diferença de dez pontos sobre o segundo, também vencerá sem necessidade de segundo turno. Carrió e Lavagna têm pedido aos eleitores que não acreditem nas pesquisas e asseguram que haverá um segundo turno.

Projeto de lei de Kirchner exclui mais gente do imposto sobre riqueza A menos de 20 dias das eleições, o presidente Néstor Kirchner assinou ontem um projeto de lei que exclui 300 mil contribuintes do chamado “imposto sobre a riqueza” e que será enviado ao Congresso. Se a iniciativa for aprovada, o piso a partir do qual o Tributo sobre Bens Pessoais é pago passará de 102.300 pesos a 300 mil pesos (de US$ 32.160 a US$ 94.340). O atual piso equivale a um apartamento pequeno ou um carro modesto.

Segundo o ministro da Economia, Miguel Peirano, a reforma não terá efeito sobre a arrecadação, pois será compensada por um aumento na alíquota que pagam os que estão na escala mais alta do imposto.

— Bens pessoais abaixo dos 300 mil pesos não são manifestação de riqueza — disse ele.

O Congresso, onde o governo tem maioria, aprovou em agosto outra medida popular: a redução do imposto sobre benefícios (na verdade um tributo sobre ganhos), beneficiando 800 mil trabalhadores e aposentados.

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