segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Tucanos expõem divisão interna em congresso

DA REPORTAGEM LOCAL

Folha de São Paulo
(para assinantes)

O PSDB voltou a expor sua divisão ontem, no encerramento de seu congresso estadual. Defensor da aliança com o DEM na capital, o governador de São Paulo, José Serra, chegou ao encontro, na cidade de Praia Grande, no momento em que o deputado Vanderlei Macris pregava o lançamento de candidatura própria.
"Se existe uma recomendação nacional para que tenhamos candidatos nas cidades, como poderia ser diferente em São Paulo?", disse Macris, sugerindo que se lance candidato ainda que Geraldo Alckmin não concorra. Já o presidente estadual do partido, deputado Mendes Thame, disse que a negociação com o DEM "começa do zero" caso Alckmin não seja candidato."Se Alckmin quiser, ele será candidato", diz, apontando como segunda prioridade a manutenção da aliança.
Em conversas com tucanos, Alckmin tem ponderado que não poderá concorrer ao governo do Estado em 2010 se disputar a Prefeitura. Além disso, Serra teria dito a ele que precisa de um candidato forte ao Palácio dos Bandeirantes em 2010.
Apesar de os dois conversarem freqüentemente, a lista de presença ao encontro reforça a idéia de divergência entre serristas e alckmistas. Apoiadores de Alckmin prestigiaram a participação do ex-governador no sábado. Mas faltaram ontem.
Serra foi recebido aos gritos de "Brasil, urgente. Serra presidente!". Pouco antes, o partido aprovou moção em solidariedade ao deputado Mauro Bragato. Ex-líder da bancada, ele é investigado sob suspeita de recebimento de dinheiro de empresa contratada pela CDHU.

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