quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Minas efetiva 98 mil servidores sem concurso

Vejam só quanta objetividade.

Tenho dito que está noticia não podia ser ignorada pelos jornais. Hoje, vários dias depois, tendo já sido aprovada, ela aparece no Estadão.

Trata-se de inchaço da máquina?

É um ato de justiça?

Vai pesar durante os próximos 40 anos, como disse Nakano sobre os funcionários federais?

Faz parte do "choque de gestão" 98 mil funcionários públicos efetivados sem concurso, com todos os direitos do cargo?

Aécio está certo e Lula está errado?

A mídia e em particular os articulistas, aqueles da página 2 da Folha e das páginas 2 e 3 do Estadão, vão apitar alguma coisa? Merval Pereira e Dora Kramer vão fazer algum comentário?

O artigo do jornal O Estado de São Paulo

Texto já foi aprovado em duas votações na Assembléia mineira, com emenda que estendeu benefício a 499 funcionários da própria Casa

Eduardo Kattah - OESP

A Assembléia Legislativa de Minas aprovou na noite de anteontem, em segundo turno, o Projeto de Lei Complementar 27, do governador Aécio Neves (PSDB), que efetiva sem concurso público cerca de 98 mil funcionários designados, 98% da educação. Os parlamentares aproveitaram para aprovar o projeto com uma emenda que estendeu o benefício a 499 funcionários da Assembléia.

A proposta será encaminhada hoje a sanção ou veto do governador e contempla funcionários - professores e serventes - que atuam na rede estadual de ensino e nas universidades públicas Uemg e Unimontes. A estimativa é que, do total, 25 mil servidores estejam em fase de aposentadoria.

Em sua justificativa à Assembléia, o Executivo alegou que o projeto “faz justiça a trabalhadores que desempenham função de natureza permanente e que, em alguns casos, vêm contribuindo há 20 anos para o regime previdenciário próprio dos servidores estaduais”.

As medidas do projeto, segundo o governo mineiro, constam de entendimentos entre o Executivo estadual e o Ministério da Previdência Social. O problema se arrasta desde a aprovação da Emenda Constitucional 20, em 1998, que instituiu que os servidores públicos concursados deveriam contribuir para o regime previdenciário próprio da União e Estados, enquanto os comissionados e designados deveriam ser incluídos no regime geral - o INSS. Mas Minas e outros Estados não cumpriram a determinação.

BOMBAS

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar de Alagoas usaram bombas de efeito moral e balas de borracha contra servidores grevistas da educação, saúde e Polícia Civil que foram expulsos, ontem, da frente da Secretaria da Fazenda.

Os servidores da saúde reivindicam reajuste de 39%, os policiais querem equiparação com peritos e os funcionários da educação exigem o enquadramento do Plano de Cargos e Carreira.

O secretário de Gestão Pública, Adriano Soares, defendeu a desocupação do prédio e disse que o governo está aberto ao diálogo, mas não vai tolerar invasões.

2 comentários:

Sylvia disse...

Todas essas perguntas que você vai fazendo - até relembrando os dois pesos e duas medidas, com que a mídia trata o PT e os tucanos - me deixam muito irada. Quando a Marta tentava a reeleiçao, eu fui ficando muito nervosa com a possibilidade dela perder e já estava quase batendo em neguinho na rua, porque onde eu entrava, já ia perguntando em quem ia votar. Meu médico, que é homeopata, me receitou FRONTAL. Minha pressão subiu e desde então tomo remédio para controle dela. Considero muito injusta a forma como a mídia trata o PT, terrível como tratou a Marta e pior ainda como fez com o Lula, o Zé Dirceu e os demais na época do chamado mensalão, mais uma obra ficcional inventada para desqualificar o Presidente. Quando lembro do projeto CEU SAÚDE da Marta e na aspirina que o Serra oferecia em troca, tenho vontade de chorar até hoje, alguns anos já passados. Bem, democracia é isso, né? Mas que é duro de aceitar, pra mim, pelo menos, é.

Gustavo Conde disse...

Caro Favre: como faço para enviar textos maiores. Há um email?
Deixei um textinho satírico lá no meu pedaço... Abs.