segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Melhor agir agora, que lamentar depois

Tenho insistido neste blog (ver Reflexões pessoais sobre o pleito municipal de 2008) sobre o erro de precipitar discussões na base aliada do Lula sobre 2010 e ignorar a importância de unificar os palanques municipais. O próprio Lula tinha encomendado ao presidente do PMDB, Michel Temer, a organização de convergências entre os 11 partidos que configuram a coligação governamental.

Hoje aparece claro que o chamado Bloco de esquerda, e até o próprio Michel Temer do PMDB, procuram isolar o PT preocupados mais em impor seus candidatos para 2010, que em conseguir vitórias eleitorais significativas em 2008.

Esta movimentação divisionista, multiplicando candidaturas, muitas delas inviáveis eleitoralmente,em caso de persistir, terá como conseqüência um resultado eleitoral fraco em 2008. O pior é que o próprio planalto parece incentivar a discussão de nomes para 2010, se despreocupando de pesar no pleito municipal.

A ressaca vai deixar com dor de cabeça a mais de um.

Luis Favre

iceberg
ice


Partidos da coalizão de Lula estarão rachados em 2008

Base aliada contraria pedido do presidente para repetir aliança em disputas municipais

Mesmo os tradicionais parceiros deverão ocupar palanques opostos e lançar candidaturas próprias nas grandes cidades do país

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar dos apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reprodução da aliança nacional na disputa municipal, a ampla base de sustentação do governo periga ruir nas eleições do ano que vem. Dispostos a ganhar musculatura para as eleições de 2010 -a primeira sem Lula desde 1989-, os partidos aliados investem no lançamento de candidaturas próprias nas grandes cidades.
Até os tradicionais parceiros do PT duvidam das chances de a composição se repetir em todo o país. Na maior parte das cidades, PT e aliados deverão ocupar palanques opostos.
Prova disso está no chamado bloquinho de esquerda, que tem o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) como potencial candidato à Presidência. Integrantes do bloco, PC do B, PSB e PDT adotaram como norma para 2008 o lançamento de candidatos nas cidades com mais de cem mil habitantes (200 mil, no caso do PDT).
Onde não for possível, vão costurar alianças dentro do próprio bloco. Leia mais na Folha de São Paulo (para assinantes)

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