segunda-feira, 11 de junho de 2007

Poder ter poder

Foto da Reuters no Libération

Estas fotos de Sarkozy entrando no palais de l’Elysée de bermudas, vindo do seu jogging, um dia depois de sua posse na presidência, sugerem inevitávelmente ao leitor brasileiro a lembrança delle. Nos dias seguintes, o espalhafato em torno de Sarkozy, de sua família e de suas corridinhas em outros paradeiros presidencias pareceu confirmar o paralelo com elle. Decerto, Sarkozy entretem comportamentos de maquinação midiática que -, de John Kennedy (os vestidos chics de sua mulher, os passeios de veleiros em Cape Cod, a foto com o filho pequeno debaixo da escrivaninha) a Collor -, incorporaram-se ao exercício do poder contemporâneo. Aliás, nem tão contemporâneo assim. Quem conhece, mesmo sem ter lido, o assunto das Mémoires de Saint-Simon sobre a corte de Luís XIV (8 grossos volumes em papel bíblia da coleção La Pléiade, da Gallimard!), ou viu o magnífico documentário de Rosselini sobre a tomada do poder por Luís XIV, sabe que o espetáculo do poder é consubstancial ao exercício do poder.
Não obstante, o projeto de Sarkozy vai bem além das aparências modernosas e se inscreve no longo prazo. Leia mais aqui no Blog de Luiz Felipe de Alencastro,
Seqüências Parisienses

Nenhum comentário: