sexta-feira, 22 de junho de 2007

HPV: respostas de Temporão

Ontem chamamos a atenção do ministro José Gomes Temporão para o exorbitante preço da vacina contra o HPV, que a rede pública não oferece ainda gratuitamente, como propõe, por exemplo, a senadora Patrícia Saboya (PSB-CE). O ministro e seu secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Oliveira Penna, esclareceram a questão.

— O HPV e o câncer de útero são prioridades do ministério, mas a solução ainda não passa pela distribuição da vacina — diz o ministro, explicando por quê.

A vacina existente só funciona se aplicada nas jovens antes de qualquer contato com o vírus. Logo, antes do início da atividade sexual. Os estudos indicam que esta imunização duraria apenas cinco anos, e ainda cobriria apenas seis dos 18 tipos de vírus. O custo da vacinação anual de todas as meninas na faixa de 9 a 12 anos seria de R$ 1,8 bilhão.

Com todas as outras vacinas, o ministério gasta cerca de R$ 750 milhões.

De fato, a vacina do HPV representaria um gasto imenso e de baixíssimo benefício. Se ela imuniza por apenas cinco anos, até estimularia o sexo inseguro, pois as mulheres se achariam protegidas quando já não o fossem mais.

— Nossa meta é ampliar ao máximo a oferta do exame de papanicolau, que permite a descoberta deste tipo de câncer ainda na fase inicial — diz o ministro.

Mas ele concorda: as campanhas educativas põem muito mais foco na necessidade de evitar HIV do que HPV. Se o parceiro não é de grupo de risco para HIV, as pessoas se descuidam. leia a integra da coluna de Tereza Cruvinel no jornal O Globo (para assinantes)

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