sexta-feira, 29 de junho de 2007

"temos de investir" disse Carlos Wilson sobre os aeroportos

Petista critica plano para setor aéreo

O ex-presidente da Infraero, deputado Carlos Wilson (PT-PE), criticou ontem o plano de investimentos do governo federal para o setor aéreo. Para o deputado, que é amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os R$ 878 milhões reservados para obras em 2007 e os R$ 3 bilhões previstos para serem gastos até 2012 não são suficientes para atender à demanda do setor. "É muito pouco, com o perdão do presidente Lula. Porque o crescimento de movimentação dos aeroportos será maior do que esse volume de investimentos", disse o parlamentar, ontem, em depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara.

Carlos Wilson usou números para demonstrar que a infra-estrutura está no limite e os investimentos precisam ser maiores do que os previstos. "Hoje, temos uma capacidade aeroportuária para 118 milhões de passageiros por ano. E já temos um fluxo de 102 milhões. Como o crescimento do setor deve ficar na média de 20% ao ano, temos de investir", disse ele, fazendo previsão pessimista. "Começo a ficar temeroso com o que vai acontecer em relação à infra-estrutura aeroportuária."

O ex-presidente da Infraero cobrou dos governos estaduais e federal "coragem" para fazer obras importantes no setor e alterações nos vôos para desafogar alguns aeroportos. "Temos de ter coragem para evitar que Congonhas trabalhe com mais de 12 milhões de passageiros por ano. Hoje, o aeroporto está esgotado e opera com 20 milhões", afirmou.

O deputado criticou duramente as empresas aéreas. Segundo ele, é preciso coragem para mudar os horários dos vôos e de pico dos aeroportos. "Não podemos aceitar a pressão das empresas aéreas, que não pensam no país", criticou. "Temos de ter coragem para fazer um trem bala que ligue São Paulo a Viracopos (Campinas), que será o aeroporto mais importante do país nos próximos 50 anos." Leia mais no Valor (para assinantes)

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