terça-feira, 26 de junho de 2007

PROJETO PREVÊ BANDA LARGA EM TODAS AS ESCOLAS PÚBLICAS

O ex-coordenador do NAE (Núcleo de Assuntos Estratégicos) e membro da comissão interministerial de inclusão digital, Oswaldo Oliva Neto, disse em entrevista ao Conversa Afiada nesta terça-feira, dia 26, que em cinco anos todas as escolas públicas devem ter internet banda larga (aguarde o áudio).

Oliva Neto disse os investimentos virão por meio de empresas público-privadas. “Hoje, mais de três mil municípios não têm acesso à internet e menos de 300 municípios possuem banda larga superior a dois megas”, disse Oliva Neta.

Para Oliva Neto, é preciso aumentar o acesso à banda larga no Brasil. “Há três, quatro anos atrás, se nós estivéssemos falando de 128 k, nós estaríamos satisfeitos. Hoje, dois megas já é insuficiente”, disse Oliva Neto.

Oliva Neto não está mais no NAE e não pode mais responder por projetos desse Núcleo. Mas foi ele quem ajudou a elaborar esse projeto de expansão da banda larga. O Presidente Lula o convidou para, mesmo fora do NAE, integrar o grupo interministerial de inclusão digital como pessoa física.

Leia os principais pontos da entrevista com Oswaldo Oliva Neto:

Para Oliva Neto, o Brasil caminha para a sociedade do século 21, que é a sociedade do conhecimento. Para isso, diz ele, o país precisa da internet.

No entanto, a internet não foi contemplada no conceito de universalização quando foi feita a privatização das telecomunicações. Oliva Neto disse que, por erro do Ministério das Comunicações na época da privatização, foi definido uma única tecnologia para o acesso a internet, o telefone fixo.

Esse problema tem que ser resolvido, senão a sociedade ficará fora da sociedade do conhecimento por dificuldade de comunicação. E as empresas privadas não levam essa infra-estrutura para todo o território nacional porque não há retorno econômico.

O projeto do Núcleo de Assuntos Estratégicos, na época em que Oliva Neto comandava o órgão, era formar uma empresa público-privada para assumir a responsabilidade. Essa empresa público-privada instalaria na sede de cada município uma entrada de wimax.

Mas ainda não há uma decisão do Governo Federal sobre isso. A Casa Civil coordena estudos para isso.

A Brasil vai usar banda larga em programas de educação desenvolvidos pelo Ministério de Educação.

Um desses projetos de educação é a Universidade Aberta do Brasil, de reciclagem dos professores, que oferece graduação ou pós-graduação à distância. Esse projeto de estudo à distância necessita da internet de banda larga.

A inclusão digital das escolas públicas deve ser uma “prestação de serviços”. Ou seja, o Estado faria, por meio da Anatel, licitações para que o prestador de serviço disponibilize laboratórios e conexões de internet para as cerca de 150 mil escolas públicas.

Fonte Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim

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