Resposta de Clóvis Rossi a Luis Favre e réplica
Resposta do jornalista Clóvis Rossi - "O companheiro de Marta Suplicy tenta confundir o público. Reconhecer um erro de informação é uma coisa. Opinião é outra completamente diferente. Eu dei a minha. Mantenho-a."
Está foi a resposta de Clóvis Rossi a minha carta (ver embaixo).
A resposta é uma tentativa burda de fugir do ponto.
A opinião de Clóvis é formulada a partir do que?
Não de uma informação, ou de uma opinião da Marta. Não!
Clóvis se apega a uma frase infeliz que a própria Marta publicamente renegou para tentar colar Marta Suplicy a Maluf e ambos ao pai de um dos facínoras do Rio que agrediu uma pessoa brutalmente.
No exemplo que formulei na minha correspondência procurei mostrar que se um jornal, no caso a Folha, pode errar e acusar, o que é gravíssimo, uma figura pública de superfaturamento e reconhecendo depois o erro, devemos aceitar suas desculpas; por que uma frase espontânea imediatamente corrigida, com desculpas públicas, não recebe o mesmo tratamento?
Por que a autocrítica vale para Folha e não para Marta?
Clóvis Rossi se esconde por trás do direito de ter opinião. Mas as opiniões de Clóvis Rossi também estão sujeitas à decência, à mesura e equilibro que se aguarda de um jornalista ou de qualquer pessoa que procura debater idéias e não veicular preconceitos, insultos e inacreditáveis exageros. Ou é "guerra suja" e vale tudo?
Luis Favre
Quarta-feira, 27 de Junho de 2007
Carta enviada a Folha de São Paulo em resposta a Clovis Rossi
Um dos grandes fatos da história da Folha aconteceu durante a administração Marta Suplicy em São Paulo.
O jornal publicou em sua primeira página que Marta tinha superfaturado a compra de palmeiras para a revitalização da Av. Faria Lima e, dois dias depois, no mesmo espaço e com igual destaque, reconheceu e se desculpou por ter errado.
O erro, grave, que atingiu eticamente a figura da então prefeita da cidade, havia escapado dos diferentes controles que o jornal possui. Tanto o autor, como seu editor, assim como o responsável do jornal, não tinham visto nada.
Mas a Folha teve a coragem e a honestidade de pedir desculpas pela falha, saindo engrandecida deste triste episódio.
Clovis Rossi era, na época, e ainda é hoje, membro do Conselho Editorial da Folha. Ele sabe, portanto, que esse tipo de erro pode destruir a reputação de um jornal, mas sabe também que ao reconhecê-lo a publicação ganha enorme credibilidade. Ele sabe, igualmente, que, na vida de um jornal, falhas desse tipo são inevitáveis.
Ninguém, em seu juízo perfeito, admitiria que a Folha, por esse erro, pudesse ser comparada ao Ministro de Hitler, Göering, para quem uma mentira repetida varias vezes se transformava em verdade; ainda mais depois de a Folha ter reconhecido o erro publicamente. Ninguém igualmente aceitaria que se acusasse a Folha de nefasta e estupradora da verdade.
Clovis Rossi tem um passado respeitado como jornalista, e este passado evidentemente admite erros; porem não me consta que ele seja de cometer canalhices. Seu artigo de hoje contra a Ministra Marta é um insulto à sua própria historia.
Será que ele, assim como a Folha no episódio das palmeiras da Faria Lima ou como Marta em sua frase infeliz, saberá pedir desculpas?
Luis Favre
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