terça-feira, 26 de junho de 2007

Um novo rumo para reforma política

Artigo do deputado estadual Rui Falcão* publicado no Blog de Noblat

Ator e produto da luta contra a ditadura militar, o PT sempre se insurgiu contra as limitações do sistema político brasileiro, atuando para ampliar os espaços de participação política da população. Não será agora, quando se debate na Câmara dos Deputados a reforma política (na verdade, uma reforma eleitoral) que o PT, por meio de seus representantes no parlamento, adotará posições que representam um claro retrocesso em relação às conquistas do passado, para cujo êxito o empenho dos petistas teve papel decisivo.


Ao longo de sua história, o PT contribuiu para criar novos direitos para os trabalhadores, muitas vezes confrontando com limitações institucionais anacrônicas, já superadas pelos fatos da vida. Um exemplo: os militantes do PT fizeram greves para que o direito universal de greve fosse afinal reconhecido no País.


Logo no nascedouro, o PT criou regras internas democráticas, que contrastavam com a legislação partidária e eleitoral, surpreendendo a todos com seus “encontros” de militantes, que tomaram o lugar das convenções cartoriais dos outros partidos, nas quais um senador ou deputado vota quatro ou cinco vezes. O PT instituiu a composição proporcional das direções e, por último, a eleição direta de seus dirigentes, processo que no último pleito partidário, em plena crise, reuniu mais de 350 mil filiados votantes em todo o País. Leia a integra aqui

*Rui Falcão, 63 anos, jornalista e advogado, é deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores. Já foi deputado estadual, deputado federal, presidente do PT e secretário de governo na gestão Marta Suplicy.

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