Movida a biocombustíveis
NEGÓCIOS & cia
Flávia Oliveira
As estimativas do IBGE para a safra deste ano — um recorde histórico de 135,1 milhões de toneladas — não deixam dúvidas sobre o impacto dos biocombustíveis no agronegócio brasileiro.
As condições climáticas favoráveis são fundamentais para a expansão de 15,5% na produção diante do aumento de apenas 0,2% da área plantada, salienta Flavio Bolliger, coordenador de Agropecuária do instituto.
Mas somente a febre por etanol e biodiesel explicam o salto de 11% na produção de cana-de-açúcar e soja sobre 2006, de até 43% no milho (2 asafra) e de 50% na mamona.
A colheita da cana terá um acréscimo de 57 milhões de toneladas este ano sobre os 513 milhões de 2003. Os produtores vão colher 52,9 milhões de toneladas de milho e 58,4 milhões de soja. Tudo na esteira do aumento da demanda pelo primeiro e da redução da área plantada da segunda nos EUA, conta Bolliger.
Outro sinal da força dos biocombustíveis está na segunda edição do “Anuário Exame de Negócios”, que chega às bancas amanhã.
A publicação pesquisou as 500 maiores empresas do agronegócio nacional. Elas venderam cerca de R$ 400 bilhões e lucraram R$ 8 bilhões em 2006. Das 20 que mais cresceram, oito estão no mercado de açúcar e álcool. O setor também foi o campeão de exportações no anuário: vendeu o equivalente a R$ 9,1 bilhões no exterior.
Mais cinco mil hectares de florestas comerciais
Augusto Franco, diretor-geral da Firjan, já fez as contas. A nova Lei de Zoneamento Florestal, nos próximos 12 meses, permitirá o plantio no Noroeste Fluminense de cinco mil hectares de eucalipto, cedro australiano e seringueiras pelas indústrias de celulose, móveis e de látex. “Só o plantio vai movimentar R$ 15 milhões”, diz Franco. Estima-se que serão criados cerca de 2.500 empregos diretos e indiretos. Leia a coluna de Flávia Oliveira na integra no jornal O Globo (para assinantes)
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