terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Com maior participação dos filiados, que nas eleições precedentes: Berzoini e Tatto vão disputar segundo turno pela presidencia do PT

de esqu. a dir. Marco Aurelio Garcia, Jilmar Tatto e Ricardo Berzoini, os dois últimos disputaram o segundo turno


Mais de 320 mil filadas e filiados do PT participaram da escolha dos novos dirigentes do partido. O seja uma participação maior que nas eleições internas de 2005.

Os quatro primeiros colocados no primeiro turno para presidente da legenda foram:

Ricardo Berzoini – 43,75%

Jilmar Tatto - 20,51%

José Eduardo Cardozo - 18,93%

Valter Pomar - 11,43%

(faltando contabilizar ainda uns poucos votos).


Valter Pomar já anunciou seu apoio a Jilmar Tatto para o segundo turno, que acontecerá em 16 de dezembro próximo.

José Eduardo Cardoso, que ficou em terceiro lugar, e que tem o apoio dos ministros Tarso Genro, Fernando Haddad, Dilma Roussef, dos governadores Jaques Wagner, da Bahía e Marcelo Deda, de Sérgipe e de Olivio Dutra e a corrente Democracia Socialista, não manifestou ainda sua escolha para o segundo turno. Está corrente defende a necessidade da refundação do PT, depois do que considerou como sua destruição moral e ética, pelas forças do antigo Campo Majoritário, lideradas agora por Ricardo Berzoini.

A concomitância da vitória de Edinho Silva para presidente da sigla no Estado de São Paulo; de José Américo para presidente do PT na capital paulista e do primeiro lugar ocupado por Tatto no nosso Estado, seguido por Ricardo Berzoini, configuram um novo quadro das relações políticas no interior do PT. Pois o peso do Estado de São Paulo no PT nacional continua grande pelo numero de seus filiados, além da própria história do PT.

Mesmo sendo favorito, Ricardo Berzoini sofreu uma importante derrota no Estado de São Paulo e independentemente do resultado do segundo turno, a nova relação interna não deverá excluir uma composição para poder governar o PT. A convergência com o setor representado por Jilmar Tatto pode constituir o elemento aglutinante de uma nova maioria partidária renovada.

Os resultados confirmam o apoio amplo dos petistas aos candidatos comprometidos com essa renovação partidária ancorada na defesa intransigente do PT contra seus adversários da direita.

A liderança do presidente Lula aparece assim reforçada, com um PT em melhores condições de superar seus erros e desvios, ao mesmo tempo que reafirma sua política de alianças, sua disposição a uma atuação mais autônoma e de esquerda.

Após o segundo turno, o processo de construção de uma nova maioria que incorpore a esquerda e reforce o protagonismo do PT, estará na ordem do dia. As condições são mais que favoráveis.

Luis Favre


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