Gestão Kassab: Chip em carro divide leitores, maioria acha que servirá mais para arrecadação
O Globo Online
SÃO PAULO - A instalação obrigatória de chips nos veículos, que serão monitorados por 2.500 antenas nas ruas de São Paulo , a partir do licenciamento de 2008, gera polêmica entre os leitores do Globo Online. Boa parte acredita que se trata de invasão de privacidade, como defende a OAB-SP , mas a principal queixa é que o sistema vai servir muito mais para multar e garantir o pagamento de impostos, como o IPVA e a taxa de licenciamento, do que para a segurança das pessoas.
O prefeito Gilberto Kassab afirmou que o sistema pode ser desligado nos semáforos onde freqüentemente ocorrem assaltos, deixando que o motorista seja obrigado a passar no sinal vermelho, como ocorre hoje, evitando assim que seja multado pela infração.
"Este chip é exclusivamente para controlar pagamento de IPVA", disse o leitor Américo Faria Ney, que diz que o governo age mais como arrecadador. É a mesma opinião manifestada por Guy Massulo Silvestre: "Quem está por trás desses chips de pára-brisa é a máfia das multas! Quem esta preocupado com o furto do carro é o dono e a seguradora. Este chip tem a exclusiva finalidade de aumentar a arrecadação com multas."
Para Luís Ramos, a medida é um absurdo. "Duvido que os carros oficiais vão ter chip", diz.
Jorge Eduardo Cabrera afirma que o sistema é utilizado no Hong Kong para cobrar do pedágio urbano nas ruas da cidade, medida constantemente citada, por especialistas e autoridades, para reduzir os congestionamentos em São Paulo.
O leitor Eduardo Quirós afirma que o uso do serviço deveria ser facultativo, não obrigatório. "Para cobrar, multar e se meter na vida dos outros o Estado é muito eficiente, para dar segurança, saúde e educação é uma vergonha!", indigna-se.
Alberto Rodriguez Faria acredita que o uso de chip é viável e racional para minimizar e coibir roubo e furto de automóveis e motocicletas, o que deve fazer cair o preço do seguro. "Falar que é invasão de privacidade, convenhamos, é pura irracionalidade! Quem vai ser monitorado será o meio de transporte e não a pessoa. A placa estará no automóvel e não na pessoa!"
Geraldo Zimbrao comenta que, pelo simples fato de o veículo estar circulando numa via pública, não se pode falar em invasão de privacidade.
"Invasão de privacidade é ter o automóvel roubado", comenta Ricardo Boss em seu email. "Seria melhor se a OAB se ocupasse mais com a lentidao e ineficiência da Justiça."
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