The Economist destaca justiça social geradora de uma nova classe média no Brasil
Economist: Bolsa Familia não é
fábrica de vagabundos
ECONOMIST: BRASIL CRIA UMA NOVA CLASSE MÉDIA
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 622
. Montanhão fica na extremidade sul de São Bernardo Campo. Tem uma população de 110 mil habitantes. É uma das regiões mais pobres de São Paulo, mas não é tão pobre quanto era 10 anos atrás.
. As ruas principais tem vários pequenos supermercados. Um deles, Dia, faz parte da cadeia francesa Carrefour.
. Outro é o Mercado Gonçalves. Desde 1997, essa pequena loja cresceu mais do que quatro vezes, para 480 metros quadrados. Vende mais de 10 mil itens diferentes. De Nescafé, a Colgate, a carne, pão e uísque importado. Segundo o sr. Gonçalves, muitas pessoas aqui ainda são pobres, mas muita gente entrou para a classe média.
. Eles são os membros da classe média que emergiu de uma hora para outra em países como Brasil. Dezenas de milhões dessas pessoas são as que mais se beneficiaram da estabilidade econômica e do recente crescimento econômico.
. O crescimento econômico da América Latina é o maior em uma geração.
. E a inflação não cresce há uma década.
. Essa nova classe média é, na verdade, uma baixa classe média.
. O rumo à classe média é mais significativo no Brasil.
. No Brasil, entre 2000 e 2005, o número de lares com uma renda anual de US$ 5.900 a US$ 22.000 cresceu uma metade – de 14,5 milhões para 22,3 milhões.
. Enquanto isso, o número dos que recebem menos de US$ 3.000 por ano caiu dramaticamente, para apenas um milhão e 300 mil.
. No Brasil, a proporção da mão de obra empregada informalmente começa a se reduzir.
. Além do crescimento e da estabilidade, um novo elemento são as políticas sociais inovadoras.
. Tanto no Brasil quanto no México – os dois juntos têm mais da metade da população da América Latina, de 560 milhões de habitantes – uma família em cinco famílias recebe uma mesada mensal do Governo, desde que os filhos freqüentem a escola e se submetam a exames médicos.
. O resultado disso é que a renda da metade mais pobre da população cresce mais rápido do que a renda da outra metade.
. Outro fator importante foi o acesso ao crédito. Com a queda da inflação e a queda dos juros, o crédito passou a crescer: no Brasil, o crédito passou de 21% do PIB, em 2002, para 32% do PIB.
. A venda de carros, computadores e eletrônicos está em níveis records, no Brasil e no México.
. Segundo estudo da consultoria McKinsey, das classes sociais D a B2 – com renda entre US$ 3 mil e US$ 22 mil por ano – estão 69% de todo o consumo do Brasil, em 2005. Isso é um aumento de 51% em dez anos. Em média, a mulher nessas classes sociais tem 13 pares de calças americanas.
. Um das causas dos problemas da aviação comercial no Brasil foi o rápido crescimento.
. Quem diz isso ? A mais respeitada revista de economia do mundo, a Economist, da Inglaterra.
. Não é por outra causa que a mídia conservadora (e golpista !), que expressa a elite branca, precisa derrubar o Governo Lula.
. Para evitar que Lula ajude a fazer o sucessor, e o crescimento da renda da metade mais pobre continue a ser mais rápido do que o crescimento da renda da metade mais rica...
Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada
Nenhum comentário:
Postar um comentário