quinta-feira, 14 de junho de 2007

PF sem fronteiras

Ações focam mais no espetáculo do que nos resultados

por Claudio Julio Tognolli para Consultor Jurídico

Sucesso de público e de mídia, as operações da Polícia Federal mostram que a impunidade já não mora mais aqui. Não se poupa o presidente do Senado nem o presidente da República. Acima de tudo está o interesse público.

Essas meias verdades valem para as operações que brilham no horário nobre das televisões. Mas não para casos de baixo teor de octanagem midiática. É o caso do policiamento das fronteiras, por exemplo.

Avenidas largas por onde entram no país as toneladas de drogas e armamentos que alimentam o crime pesado, as comarcas de Foz do Iguaçu e da Amazônia estão desguarnecidas. E são os próprios policiais federais dessas regiões que denunciam: quem está cuidando das apreensões de armas e cocaína nesses locais é a guarda municipal das cidades fronteiriças.

A lógica que parece prevalecer é que dar batidas na casa do Vavá — o irmão do presidente da República — e no Senado dá bem menos trabalho e muito mais imagens para o Jornal Nacional, enquanto as missões perigosas que geram a prisão de anônimos não têm a mesma graça. Emocionam menos as arquibancadas.

A súbita popularidade parece estar levando alguns setores da PF a escolher as missões. Em pelo menos um caso, abaixo relatado, a Polícia Federal mandou às favas o Ministério Público e a Justiça Federal que determinou a proteção policial a um jornalista do interior paulista perseguido por uma família poderosa da região. Leia mais aqui

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