| E não são os únicos problemas. Pais e alunos também reclamam das salas de lata e da falta de segurança Fernanda Aranda A promessa do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era fazer de 2007 o ano da educação. Mas o segundo semestre se aproxima e, em sete “disciplinas” da administração, o governo está com notas baixas, perto da repetência. A própria Prefeitura admite que alguns problemas só serão resolvidos no ano que vem. As crises incluem a falta de 900 mil uniformes, 1,1 milhão de alunos sem leite, ausência de segurança escolar, colégios sem infra-estrutura, salas de lata e falta de vagas em creches. Sem contar que parte dos estudantes passa de ano sem ter lido um único livro.
Jânio Marcelino da Silva, de 13 anos, usa a calça jeans por cima para driblar a vergonha na hora de ir para o CEU Butantã, na zona oeste. “O uniforme velho já rasgou. O novo não veio”, diz a mãe do menino, Maria Solange da Silva, de 36 anos. O atraso dura três meses e a Prefeitura recorreu à Justiça para acelerar o processo. Pelas previsões mais otimistas, os uniformes chegam em 20 dias.
A situação de necessidade por que passam os sete filhos de Ciça Guilhermina da Silva, de 36 anos, é outro argumento para reprovar a educação municipal. Há três meses, as crianças são vítimas do burocracia entre a Prefeitura e empresas do Programa Leve Leite. A Prefeitura diz que está negociando contrato emergencial.
O último capítulo da novela das salas de aula de lata estava programado para janeiro. Mas ainda restam 24 classes de latão, distribuídas em sete escolas, que abrigam 1,5 mil alunos. A Escola Elias Shammass, na Cidade Tiradentes, zona leste, congela no frio e ferve no calor. É a justificativa apontada pela aluna Alaine de Sousa Lima, de 11 anos, na hora de “repetir” a Prefeitura de ano. “Quando chove, a água entra pelas frestas.”
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