segunda-feira, 15 de outubro de 2007

CNT/SENSUS: Pesquisa mostra que 45% defendem unificação da Câmara com o Senado

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira mostra que 23,3% dos brasileiros defendem a extinção do Senado Federal, enquanto 19,2% são favoráveis à eliminação da Câmara dos Deputados. A pesquisa mostra, em contrapartida, que 45,3% são favoráveis à unificação das duas Casas Legislativas. Só 32,7% são contrários à reunião de Câmara e Senado em apenas um órgão.

"Não é que as pessoas sejam contra o Legislativo, o que podemos concluir é que o povo é a favor de apenas um Casa Legislativa", disse o presidente da CNT (Confederação Nacional de Transportes), Clésio Andrade.

A pesquisa foi realizada em meio à crise que atinge o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se afastou do comando da Casa na última quinta-feira. A mostra foi colhida entre os dias 8 e 12 de outubro, período em que Renan acabou se afastando do comando da Casa. A pesquisa não questionou, no entanto, a opinião dos brasileiros sobre a permanência de Renan na presidência do Senado.

Oposição

Segundo a pesquisa, 24,8% dos entrevistados consideram o PSDB e o DEM como partidos de oposição "competentes" dentro do Congresso Nacional, mas "coniventes" com o governo federal. Outros 17,8% dos entrevistados consideraram as duas legendas como competentes e não coniventes com o governo federal, enquanto 14,4% consideraram os dois partidos incompetentes e não coniventes com o Executivo.

Fidelidade partidária

Em relação à fidelidade partidária, 48,7% dos entrevistados afirmaram que os mandatos pertencem aos candidatos, e não às legendas. Outros 38,3% dos entrevistados disseram que os mandatos pertencem aos partidos políticos --como definiu na semana passada o STF (Supremo Tribunal Federal).

A pesquisa mostrou, por outro lado, que 54,2% dos entrevistados concorda com a decisão do Supremo sobre a fidelidade partidária, enquanto 30,7% afirmaram não estar de acordo com a medida do tribunal.

"O que podemos concluir é que, mesmo as respostas sendo contraditórias, é que as pessoas votam no candidato, mas não querem que ele mude de partido. Dá uma alteração em função disso", disse Andrade.

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