sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Brasil fica em 74º no ranking de igualdade entre os sexos

Países nórdicos aparecem no topo da lista enquanto nas nações islâmicas ocorrem as maiores diferenças

Simone Iwasso - O Estado de São Paulo

Atrás de Cuba, Colômbia, Panamá, Argentina, El Salvador e Venezuela, entre outros, o Brasil ficou em 74ª posição no Índice de Diferenças entre os Sexos, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial e divulgado ontem em Nova York, nos Estados Unidos. Em relação ao ano passado, o País caiu sete pontos, porém seus dados permaneceram estáveis - a queda aconteceu por causa da entrada de novos países no ranking. Em resumo, não houve grandes avanços, tampouco retrocessos na igualdade entre homens e mulheres brasileiras.

De acordo com o estudo, o Brasil segue uma tendência de melhoria na saúde, mas ainda está longe no que se refere à educação e salários, por exemplo. O estudo, elaborado todos os anos, leva em conta dados de acesso ao sistema de saúde, mortalidade infantil, acesso à educação e nível de escolaridade, posições em cargos públicos importantes e de chefia, além dos valores dos salários em 128 países de todos os continentes, que representam cerca de 90% da população mundial.

Pelo relatório, os países nórdicos (Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia) são os que apresentam maior igualdade de acesso e direitos entre homens e mulheres. Já a maior desigualdade aparece nos países islâmicos, como Tunísia, Turquia, Marrocos e Arábia Saudita. Logo abaixo aparecem Nova Zelândia, Filipinas, Alemanha, Dinamarca, Irlanda e Espanha.

Já os Estados Unidos, em 31º lugar, estão numa posição diferenciada: dos países ocidentais, de acordo com o relatório, foi um dos que garantiram maior poder político às mulheres. Mesmo assim, a diferença entre salários ficou maior. A França também está destacada como um caso particular, mas desta vez positivo: o país continua avançando em educação e saúde, e melhorou bastante a relação entre seus índices de participação trabalhista masculina e feminina, pulando, em um ano, de 70º para 51º.

A América Latina começa a aparecer a partir da 22ª posição, com Cuba. Depois, aparecem Colômbia (24º), Costa Rica (28º), Argentina (33º), Panamá (38º), Equador (44º), El Salvador (48º), Venezuela (55º), República Dominicana (65º), Honduras (68º), Paraguai (69º), Brasil (74º), Peru (75º), Uruguai (78º) e Bolívia (80º).

O economista Ricardo Haussman, um dos analistas do relatório e diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard, disse que o índice “não deprecia os países com um nível de educação baixo, mas os que distribuem de maneira desigual a educação entre homens e mulheres”. COM EFE

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