domingo, 11 de novembro de 2007

Nova ponte vai criar corredor exclusivo para carros e motos

Folha de São Paulo informa que a Ponte Estaiada Roberto Marinho receberá o nome de Octavio Frias de Oliveira, fundador da Folha.

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Obra receberá o nome de Octavio Frias de Oliveira, em homenagem ao publisher da Folha

Com entrega da ponte sobre o Pinheiros, motorista poderá seguir da marginal até o Jabaquara sem enfrentar filas de caminhões e ônibus

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A inauguração da ponte estaiada sobre o rio Pinheiros, prevista para março de 2008, vai criar um corredor exclusivo para automóveis e motos na avenida Roberto Marinho, hoje aberta a todos os veículos.
Com o corredor, o motorista terá a opção de, a partir da marginal Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, prosseguir até o Jabaquara (bairro da zona sul) sem enfrentar o tráfego de ônibus e caminhões.
Em 2010, quando o prolongamento da avenida estiver concluído, será possível chegar até a rodovia dos Imigrantes.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), decidiu dar à ponte o nome do empresário Octavio Frias de Oliveira, publisher da Folha, que morreu aos 94 anos em 29 de abril.
"É uma homenagem mais do que adequada ao homem que estruturou um dos maiores grupos de comunicação do país", diz Kassab.
Segundo o presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Roberto Scaringella, "a ponte e a avenida compõem uma solução extremamente interessante. Têm vocação para carros particulares, não admitem caminhões".
Scaringella diz que os caminhões e os ônibus terão como opção, respectivamente, a avenida dos Bandeirantes e o eixo da Roque Petroni Jr. Ele afirma ainda que a ponte estaiada será uma opção para as congestionadas ponte do Morumbi -que recebe até 6.000 carros/ hora- e Bandeirantes, com as imensas filas de caminhões.
Outro efeito esperado no trânsito da zona oeste é um aumento da velocidade na marginal Pinheiros, que, no pico, recebe até 12 mil veículos por hora, porque o motorista precisará frear menos nos acessos à nova ponte. As alças das pontes nas marginais, com projeto antigo, exigem que o motorista quase pare nos acessos.

Cartão-postal
O projeto de R$ 233 milhões, iniciado no governo Marta Suplicy (PT), foi concebido para ser não somente funcional, mas uma referência arquitetônica.
A obra consiste em estrutura central, de 138 m de altura, onde estão presos os cabos que dão sustentação às duas pistas, de 190 m cada uma e capacidade para 4.000 veículos/hora.
Segundo a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), responsável pelo projeto, o que diferencia a ponte de outras similares são as duas pistas estaiadas em curva -até hoje, há pontes das mesmas características, mas com uma pista.
Para que fosse prevista a movimentação da ponte em dias de ventania, já que as pistas são suspensas, a maquete foi testada em túnel de vento. Pronta, ela terá um leve balanço.
Programas de computador calcularam o tamanho exato de cada cabo de aço -eles têm dimensões diferentes e são milimetricamente encaixados.
A estrutura, sustentada por cabos de aço amarelos e que poderá ser observada a quilômetros de distância, é vista como novo "cartão-postal" e marco arquitetônico comparável ao edifício do Banespa e ao Masp.
O professor de arquitetura da USP Nestor Goulart dos Reis ao mesmo tempo elogia e critica o projeto. "É positivo pensar em obras adequadas, bem-feitas, bonitas. Mas é preciso avaliar custos, não exagerar, não fazer coisas monumentais."

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