quinta-feira, 26 de abril de 2007

Metas para a educação

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

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Lígia Formenti, BRASÍLIA para o jornal O Estado de São Paulo

Nas cidades do interior encontra-se o que há de melhor e pior da educação brasileira. São municípios pequenos que figuram no topo da lista do País no novo indicador criado pelo Ministério da Educação (MEC), o Índice de Desenvolvimento Básico (Ideb), cujos números são oficialmente divulgados hoje. São também as pequenas cidades que trazem os piores resultados.

“Cidades pequenas têm vantagens, quando bem aproveitadas, em relação a grandes centros”, explica o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes. “A violência não é tão acentuada, o acesso a escolas é mais fácil”, observou. Ele não estranha, também, o fato de as cidades pequenas estarem entre as piores colocadas no ranking, seja de 1ª a 4ª séries (reunidos no Ideb como fase 1), seja entre 5ª e 8ª séries (que formam a fase 2). “Muitas das cidades que tiveram notas baixas dispõem de poucos recursos e, pior, não sabem que têm direito de se beneficiar por linhas de incentivo, criadas pelo MEC”, resumiu.

As diferenças estampadas no Ideb são grandes. Nas escolas estaduais da capital paulistana, alunos de 1ª a 4ª séries alcançaram a média de 4,6 numa escala que vai até 10. Estudantes de Torrinha, cidade do interior paulista, por sua vez, alcançaram a média 6,7. Quando se compara o desempenho de estudantes paulistas da rede estadual entre 5ª e 8ª séries com estudantes do interior, o fenômeno se repete. Estudantes de Limeira (SP) alcançaram média 6,4; enquanto paulistanos, 3,8.

Feito a partir de dados de desempenho do aluno em exames como Prova Brasil e Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb) e de informações sobre rendimento escolar, como aprovação e tempo médio de permanência, o Ideb será a ferramenta principal para o MEC colocar em prática as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado anteontem pelo presidente Lula. Leia mais aqui

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